Jornal da época faz perfil de Gildo
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Militante do PSTU foi assassinado por policiais civis durante uma greve em 2000

Após sucessivos adiamentos, o julgamento de um dos assassinos de Gildo Rocha, morto por policiais em 2000 durante uma greve em Brasília, está marcado para ocorrer no dia 29 de novembro, terça-feira, às 9h. O julgamento deve ocorrer no Anexo II do Palácio da Justiça (veja endereço abaixo).

Gildo Rocha era servidor público em Brasília quando foi assassinado por dois policiais civis, em outubro de 2000. Ele tinha 33 anos na época e deixou esposa e dois filhos pequenos. Até hoje ninguém foi julgado ou punido pelo crime. Um dos policiais envolvidos no crime já morreu. O outro, o policial civil Arnulfo Alves Pereira, vem conseguindo adiar seu julgamento. A última vez que o réu conseguiu protelar o julgamento foi em julho deste ano. Com isso, já são mais de 11 anos de impunidade.

Entenda o caso
Em 2000, o então governador Joaquim Roriz, tinha dado ordem de reprimir violentamente a greve dos trabalhadores da limpeza urbana, a SLU, se ela viesse a acontecer. Gildo Rocha, um dos líderes da greve e dirigente do PSTU, saiu de casa na madrugada do dia 6 de outubro para uma atividade da greve, votada em assembléia: furar sacos de lixo, para impedir o trabalho dos fura-greves. Policiais a paisana o abordaram e, na perseguição, foram disparados 17 tiros contra seu carro. Um deles o atingiu nas costas.

Para esconder o crime, os policiais afirmaram que Gildo estava em "atividade suspeita", e que ele foi o primeiro a disparar. Plantaram arma e drogas em seu carro. O laudo do Instituto Médico Legal provou que Gildo não atirou, já que em sua mão não havia vestígios de pólvora. A perícia também não encontrou qualquer sinal de drogas no corpo de Gildo.

Chega de impunidade!
O PSTU-DF convoca todos os ativistas e a população a protestarem por Justiça e contra a impunidade. No dia 29 de novembro, às 9h, todos lá.

Endereço
Tribunal do Júri da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília
Anexo II do Palácio da Justiça
Bloco B, Ala C, Térreo, Plenário
Brasilia – DF

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