Milhares nas ruas de Porto Alegre
Daniel Hammes / Sindcaixa

No dia 18 de junho, quinta-feira passada, mais de 3 mil pessoas, atendendo ao chamado do CPers-Sindicato, centrais sindicais, grêmios estudantis e Fórum dos Servidores Públicos, saíram às ruas pelo “Fora Yeda”. O protesto também foi em defesa do plano de carreira dos educadores e para exigir que os trabalhadores não continuem pagando pela crise.

A concentração ocorreu em frente ao Ministério Público no centro de Porto Alegre, onde os trabalhadores em educação de todo o estado se encontraram com os estudantes secundarias e com os movimentos sindical e popular.

A caminhada estava muito animada com faixas que exigiam a saída da governadora e as palavras-de-ordem que davam o tom da manifestação. A Conlutas teve uma forte presença com milhares de pessoas e centenas de bandeiras. Próximo ao meio-dia, a manifestação chegou ao Palácio Piratini, sede do governo estadual. Lá os manifestantes fizeram o ato final e lavaram a frente do palácio em protesto contra a corrupção.

Várias falas durante o ato denunciaram os ataques do governo de Yeda Crusius (PSDB) aos trabalhadores e à juventude e o mar de lama que tomou conta do governo. As falas estudantis prestaram solidariedade aos educadores, mas também falaram que hoje a juventude sofre muito pela política educacional de Yeda que já fechou 107 escolas e vem cortando verbas da educação. Isso resulta em muitas escolas sem professores e funcionários.

A presidente do Grêmio Estudantil do Instituto de Educação General Flores da Cunha, uma das principais escolas do estado, e militante do PSTU, Katiele Felix, em sua intervenção, saudou a presença massiva da juventude secundarista, anunciou aos estudantes a fundação da Anel. Ela também prestou solidariedade à greve na USP.

Nas falas dos partidos, Vera Guasso, em nome do PSTU, afirmou que “apesar da ampla maioria do povo querer o ‘Fora Yeda´ ela ainda não saiu porque tem o apoio da burguesia gaúcha, e os deputados têm o rabo preso junto com Yeda”. Além da luta pelo “Fora Yeda”, Vera também falou da crise econômica mundial. Ela chamou os participantes a exigirem de Lula uma media provisória pela estabilidade no emprego, ao invés de continuar dando dinheiro para salvar as grandes empresas.

Pela Conlutas, Erico Correa, Presidente do Sindicaixa, além de reafirmar o compromisso da central com o “Fora Yeda”, também chamou a todos para participarem do abaixo-assinado que a Conlutas está fazendo. A ideia é colher milhares de assinaturas para exigir de Lula a medida provisória pela estabilidade no emprego. Vale destacar a presença dos trabalhadores do INSS em greve desde o dia 16.

A cada dia que passa, o governo Yeda se encontra mais enfraquecido. Pesquisa recente indica que 70% dos gaúchos acham que tem corrupção no governo. Por isso, é o momento de intensificar as lutas para derrubar Yeda e seu vice Feijó. Novos protestos já estão programados. Na próxima semana, sairá um novo calendário de mobilização.

Fora Yeda e Feijó: novas eleições já!
Só a Luta vai derrubar Yeda e seu governo corrupto. Os trabalhadores, a juventude e a população gaúcha em geral não podem ter nenhuma confiança nos deputados e não podem deixar nas mãos deles o julgamento de Yeda. A maioria desses deputados tem “rabo preso”: estão envolvidos em vários escândalos de corrupção e são eles que sempre votam a favor dos projetos da governadora que atacam a educação.

Só existe uma maneira de acabar com a corrupção e derrotar o governo Yeda: com muita luta e mobilização. É preciso continuar sacudindo o Rio Grande do Sul com grandes mobilizações.