Movimento Juntos e Misturados

O resultado das eleições para o Sindicato da Construção Civil de Fortaleza, que levou à vitória da chapa 1 por 740 votos (Resistência/PSOL e US-PCB.), contra 705 votos da chapa 2 (CUT) e 620 votos da chapa 3 (CSP-Conlutas, Juntos e Misturados) – significa uma derrota para a chapa 3 e , na nossa opinião, uma derrota também para a categoria.

O sindicato, a partir da concepção de sua nova direção, sofrerá um retrocesso na sua combatividade, nas lutas e na sua trajetória de independência de classe: independência dos governos, dos patrões e dos blocos com a burguesia. Isso porque, a chapa 1 verdadeiramente não representa e não defende a tradição do Sindicato da Construção Civil de Fortaleza.  Tem uma visão derrotista perante as lutas, que não se expressou de maneira oportunista nas eleições, mas que vai cobrar seu preço.  E se colocar o sindicato dentro do “movimento Lula Livre”,  estará atrelando-o a um bloco político e eleitoral de colaboração de classes. Além de efetivamente se colocar na defesa da impunidade geral para todos os corruptos e corruptores.

Confiamos, porém, na nossa classe. Pensamos que não é por ter perdido uma batalha que estará perdida a guerra.  A classe operária que continuará lutando, vai perceber que o seu sindicato mudou para pior.

Aliás, aquilo que ousamos com militantes e operários novos que compuseram a nossa chapa e apoiadores de todo país, é para nós um motivo de muito orgulho. Ainda mais nesse momento em que toda esquerda brasileira capitula ao PT e ao seu bloco político de colaboração de classes, do qual o governo do Ceará faz parte.

A tarefa dos lutadores do “Juntos e Misturados” que são combatentes conscientes, será continuar a seguir organizando os trabalhadores pela base, defendendo suas ideias e sendo parte da vanguarda das lutas.