Seminário sobre opressões realizados pelo PSTU-PE

 
A atual crise do capitalismo já chegou ao Brasil. O governo federal não consegue mais sustentar a estabilidade proporcionada pelo crescimento econômico e já anuncia cortes mais profundos no Orçamento de 2014. Dilma (PT), assim como outros chefes de Estado, quer jogar a crise sobre os trabalhadores para tentar salvar os grandes bancos e empresas endividadas. Políticas essenciais, como geração de empregos, saúde, educação e moradia, serão as primeiras a terem os orçamentos cortados. E os setores mais oprimidos da classe é que vão ser obrigados a pagar a fatura da crise.
 
Negros e negras são hoje a metade da população brasileira e é para essa população que as consequências da crise são ainda mais nefastas. São alvo número um da política racista do Estado, tanto através da política de extermínio nas periferias de todo o país, como pela exclusão nos espaços da sociedade, sem acesso à educação e saúde de qualidade, com desemprego e exploração. Só em Pernambuco se anuncia mais de 40 mil demissões só em SUAPE. Os negros e negras serão os primeiros a serem demitidos e a perderem direitos.
 
É essa população vítima preferencial das balas da polícia, expulsa de forma brutal das comunidades nas periferias e centros como parte da política de higienização étnica visando a copa do mundo. Suas casas, mesmo localizadas em áreas precárias e sem condições dignas de moradia, são constantemente alvos de incêndios criminosos. Além disso, é a população negra que hoje está inserida como potencial perigo à sociedade no famigerado “Pacto pela vida” de Eduardo Campos (PSB).
 
As desigualdades entre brancos e negros não diminuíram. Com o agravamento da crise, elas são acentuadas. Políticas reparatórias como as cotas foram cortadas do Estatuto da Igualdade Racial, assim como projetos para titularização das terras remanescentes de quilombos também sofreram modificação ou engavetados. Neste ano, mais que nunca, o aparato repressor do Estado, após as jornadas de junho, ampliou sua política de extermínio à população negra.
 
Mulheres negras
As mulheres negras sofrem com uma dupla discriminação, sendo vítimas do racismo e do machismo. A realidade dessas mulheres, que já é muito difícil, está piorando. Elas que já estão na base da pirâmide, formando um exército de reserva da força de trabalho no capitalismo, são as primeiras demitidas por empresas racistas, o que ampliará o mercado informal.
 
Por um programa para os trabalhadores!
A Secretaria de Negras e Negros do PSTU-Recife afirma que o povo negro precisa estar ao lado do conjunto dos trabalhadores, apresentando um programa para enfrentar a crise e fazer com que os ricos paguem a conta.
 
 
Chega de violência contra a juventude negra!
Por uma política econômica que dê a possibilidade de futuro ao povo pobre e negro!
Expulsão e prisão imediata dos policiais assassinos!
Desmilitarização da PM!
Chega de intolerância à religião e à cultura negras!