Nesta segunda-feira (26), a “A CUT Pode Mais” – corrente interna da CUT – divulgou uma nota pública em resposta à direção majoritária da CUT sobre a participação da Marcha em Brasília no dia 24 de abril.

A direção majoritária da CUT divulgou uma nota em que critica a marcha realizada pela CSP-Conlutas em conjunto com outras entidades, entre elas a “A CUT Pode Mais”.

No documento de resposta, “A CUT Pode Mais” lamenta esse posicionamento. “Lamentamos que a corrente majoritária da CUT não compreenda a conjuntura que vive a classe trabalhadora, e insista em defender o ACE [Acordo Coletivo Especial] e se colocar contra a luta pela Anulação da Reforma da Previdência”.

A CSP-Conlutas também divulgou uma nota (veja aqui) em resposta à direção da CUT com o objetivo de reafirmar a unidade e fortalecer ainda mais a marcha com todos os setores que queiram lutar para defender os direitos e interesses dos trabalhadores.

Confira, abaixo, a integra da nota da A CUT Pode Mais

Nota pública sobre a mobilização do dia 24 de abril em Brasília

Companheiros(as),

A CUT PODE MAIS, é um campo sindical de esquerda que defende que o papel do movimento sindical e de uma central seja o de organizar a base para lutar contra a retirada de direitos e pela transformação da sociedade em favor dos oprimidos. Defendemos que os sindicatos e centrais tenham uma prática combativa, autônoma, independente e de luta.

Entendemos que entre os vários desafios colocados para o conjunto da classe trabalhadora está a defesa do Piso Nacional para os trabalhadores em Educação, a luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE) que tem o objetivo retirar os direitos conquistados em lei (NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO), a luta pela ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA, medida que retirou o direitos como a paridade, integralidade e criou o desconto dos aposentados. Tendo como pauta, também, o FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, a defesa da Reforma Agrária, contra as privatizações, sejam as tradicionais ou aquelas camufladas como “concessões”, contra a perseguição de dirigentes sindicais, além de outras bandeiras classistas, anti-machistas e internacionalistas.

Esta pauta histórica tem unificado um conjunto de Entidades CUTistas, MST e outras centrais sindicais de esquerda para organizar uma grande marcha à Brasília, no dia 24 de abril de 2013.

A corrente majoritária da CUT, tem se manifestado publicamente contra esta, se colocando duramente contra aqueles(as) que querem lutar e ao mesmo tempo tendo uma postura branda em relação ao que atacam e ameaçam os direitos da classe trabalhadora.

A justificativa tem sido que a atividade está sendo organizada com outras centrais sindicais, o que causa estranheza, posto que a CUT realizou no último dia 06 de março, uma Marcha, em Brasília, em conjunto com a CGTB, Força Sindical, NCST e UGT, que são centrais de direita.

Defendemos a Unidade dos que querem lutar, mas priorizamos fazê-lo com os históricos defensores da pauta sindical.

Lamentamos que a corrente majoritária da CUT não compreenda a conjuntura que vive a classe trabalhadora, e insista em defender o ACE e se colocar contra a luta pela Anulação da Reforma da Previdência.

Fazemos um apelo a todos os companheiros(as) da CUT que se juntem à mobilização em Brasília, para que possamos mostrar a unidade e a força dos trabalhadores e trabalhadoras.

TODOS A BRASÍLIA DIA 24/04/2013!

“Se não lutas, pelo menos tenha a decência de respeitar os que o fazem” (José Martí)

Coordenação Estadual da CUT PODE MAIS/Executiva da CUT/RS

Rejane de Oliveira
Alberto Ledur
Paulo Farias
Francisco Magalhães
Claudio Augustin