A Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) vem manifestar sua irrestrita solidariedade aos trabalhadores argentinos – professores à frente – que lutam neste momento em seu país, em defesa da melhoria de seus salários e contra a repressão assassina que acaba de tirar a vida de um trabalhador, Carlos Fontealba, na província de Neuquén.

A reivindicação dos professores argentinos por um salário digno é a mesma reivindicação de todos os trabalhadores do Brasil e da América Latina, que lutam por uma vida digna. Que enfrentam a política de rapina que as multinacionais praticam contra nossos países com a conivência de nossos governantes.

A agressão assassina que ceifou a vida do companheiro em Neuquén é parte da mesma política de criminalização e repressão implacável a todos os trabalhadores e movimentos sociais que lutam na América Latina em defesa de seus direitos e interesses. É a única resposta que podem dar governantes como Sobisch e Kirchner, cujo compromisso é apenas atender aos interesses do imperialismo e das grandes empresas transnacionais.

Por todas estas razões, afirmamos que a luta dos professores e dos trabalhadores argentinos é a mesma luta dos trabalhadores brasileiros e de todos os países da nossa região. Irmanamo-nos com sua luta, pois é a nossa luta também. Reafirmamos, por outro lado, a opinião de nossa organização pela urgência de construirmos formas de coordenação de nossas lutas em nossa região. Se o inimigo nos ataca de forma coordenada em todos os nossos países, com a conivência de todos os nossos governos, os trabalhadores precisam também coordenar sua luta para enfrentá-los e derrotá-los.

Nossa solidariedade aos familiares e amigos do professor assassinado.

Somamo-nos, de todas as formas que estiverem ao nosso alcance, à luta de nossos irmãos argentinos.

Força, companheiros! Carlos Fontealba está presente em nossa luta. E, na luta, venceremos!

São Paulo, 9 de abril de 2007