Categoria participará das mobilizações do 8 de março em Fortaleza

A situação de opressão e exploração da mulher trabalhadora tem sido debatida diariamente nos canteiros de obraO Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Fortaleza, filiado à CSP Conlutas (Central Sindical e Popular), tem sido um importante aliado do Movimento Mulheres em Luta (MML) no que diz respeito à mobilização de homens e mulheres para lutar contra o machismo.

Desde o início de sua campanha salarial para 2013, e agora mais marcadamente por conta da proximidade do dia 8 de março, a situação de opressão e exploração da mulher trabalhadora tem sido debatida diariamente por seus dirigentes nas visitas aos canteiros de obra.

A classificação das mulheres da construção civil, o pagamento de salário correspondente à função desempenhada e o auxílio creche no valor de R$120 são algumas das reivindicações específicas às mulheres que o Sindicato tem batalhado contra as empresas para conseguir conquistar.

Os frutos do encontro de mulheres da categoria
Tais reivindicações que agora se materializam na pauta da campanha salarial e nas conversas realizadas com trabalhadoras e trabalhadores nos canteiros de obra são frutos do vitorioso Encontro de Mulheres da Construção Civil de Fortaleza, realizado em setembro do ano passado.

O encontro contou com a participação de mais de 40 mulheres que, ao final, aprovaram importantes encaminhamentos, entre os quais, a construção de uma comissão de mulheres da construção civil. Na ocasião, foi garantida estrutura de creche com atividades de lazer e educação para as crianças.

Entre os homens, o debate com as mulheres
Em uma categoria que é composta majoritariamente por homens, realizar a discussão sobre a importância de combater a ideologia machista desponta como um desafio. Isso acontece principalmente porque tal ideologia coloca homens e mulheres como rivais dentro das relações trabalhistas.

O número de mulheres trabalhadoras no setor da construção civil tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Porém, tal crescimento vem acompanhado da precarização que se materializa em baixos salários e não reconhecimento de suas funções.

Para o dirigente Laércio Cleiton, “os trabalhadores da construção civil precisam compreender que o machismo divide a nossa classe, enfraquece a nossa luta e é exatamente por isso que temos que combatê-lo dentro das nossas casas e dentro dos canteiros de obra”.

Mobilização para o 8 de março
O Movimento Mulheres em Luta tem participado das visitas aos canteiros de obra para auxiliar nas discussões e convidar homens e mulheres trabalhadoras a compor a sua coluna vermelha e lilás no ato do Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora.

O Sindicato, além de distribuir os panfletos e fortalecer o debate, solicitou a confecção de camisas da comissão de mulheres da construção civil de Fortaleza e colocou também, à disposição do Movimento, kombis para fazer o transporte das trabalhadoras no dia do ato.

Ato do Dia Internacional de Luta da Mulher
Data: 8 de março de 2013
Local: (concentração) Praça do Carmo, Fortaleza.
Horário: 16h30