Redação

Temer, o Congresso e o ministro da Fazenda, o banqueiro Henrique Meirelles, prometem votar a reforma da Previdência ainda este ano. Dizem que vão apresentar uma proposta enxuta da reforma para conseguir os 308 votos necessários na Câmara. A ideia do governo é aprovar pelo menos metade da proposta original e satisfazer os banqueiros e os grandes empresários, o tal mercado, os bilionários desse país injusto e desigual.

Banqueiros e empresários querem que sejam aprovados já os pilares centrais da reforma para o roubo da sua aposentadoria. Como tem eleições ano que vem e esse governo é rejeitado por 95% da população, o Congresso de picaretas, que se o povo pudesse, botava fogo como no Paraguai, sabe que, mais rejeitada que o presidente, só a reforma da Previdência. Por isso, não vai ser mole conseguir os 308 votos. Mas eles vão tocar assim mesmo, querem agradar ao mercado e, para tentar aprovar, vêm com essa história de reforma enxuta.

Já contrataram agência publicitária para tentar enganar você. Vão tentar dizer que estão combatendo privilégios dos funcionários públicos. Já começaram aumentando de 11% para 14% o desconto da Previdência sobre o salário do funcionalismo, dizendo que o governo arrecadará R$ 5 bilhões. Porém, só na semana passada, perdoaram mais de R$ 10 bilhões de dívidas dos ruralistas.

As grandes empresas devem R$ 426 bilhões para o INSS, três vezes mais do que o déficit que alegam existir e que, já está provado, nem existe. Só os bancos devem R$ 124 bilhões à Previdência. Por que o governo não cobra os banqueiros ao invés de cortar a aposentadoria dos trabalhadores, sejam eles da construção civil, sejam das fábricas, sejam professores? É que Temer é um lacaio dos banqueiros e dos empresários. E a reforma trabalhista comprova muito bem isso.

O governo diz que apresentará, depois do dia 20, uma proposta para ser votada em dezembro. O objetivo, entre outros ataques, é aumentar a idade mínima para se aposentar de 65 anos, para os homens, e 62 para as mulheres. Ou seja, isso fará com que a maioria dos setores mais pobres da população trabalhe até morrer, e toda a classe trabalhadora não tenha nenhuma segurança depois de trabalhar a vida inteira.

Privilegiados são os seis milionários que têm a renda equivalente à de 100 milhões de brasileiros. Privilegiado é Temer, que se aposentou aos 55 anos e recebe R$ 45 mil por mês.

Manifestação do dia 10 de novembro em Belo Horizonte

Greve geral neles!
No dia 10 de novembro, depois de um forte dia de luta em todo o país, as principais centrais sindicais lançaram uma nota pública unitária, chamando uma paralisação nacional caso a reforma da Previdência vá à votação no Congresso. É necessário efetivamente alertar toda a classe trabalhadora e se preparar para a guerra. Não podemos deixar que o Congresso de picaretas vote mais esse ataque.

É preciso construir, pela base, uma campanha de esclarecimento e uma greve geral. Temos força para impedir mais esse ataque se tomarmos o caminho da luta unificada e pararmos o Brasil. É preciso exigir assembleias nos sindicatos e, também, exigir dos movimentos sociais e populares que construam esse processo pela base.

Temos de exigir das centrais que, diferentemente do que fizeram no dia 30 de junho, quando todas elas, exceto a CSP-Conlutas, desmobilizaram a greve geral, mobilizem até o fim agora. Não podemos ficar em silêncio, esperando que liguem a máquina de mentiras e pensem que vão passar por mais essa. Impedimos a votação da reforma da Previdência em maio, quando fizemos a Greve Geral de 28 de abril. Podemos fazer isso novamente e derrotar esses picaretas.

Por uma alternativa operária e socialista para o Brasil
Os capitalistas estão jogando a crise nas nossas costas, aumentando o desemprego e a exploração, desmantelando os serviços públicos, aumentando a violência contra os lutadores, grevistas e, especialmente, contra o povo e a juventude pobre e negra da periferia. Como se não bastasse, para aumentar a exploração, tentam dividir a classe trabalhadora para aumentar a desigualdade, atacando direitos e promovendo extrema violência contra mulheres, LGBT’s, imigrantes, indígenas e quilombolas.

Os ricos é que devem pagar pela crise. Para se ter emprego, salário, moradia, saúde, educação, terra e direitos, é preciso parar de pagar a dívida aos banqueiros, anular as reformas do Temer e impedir as privatizações. É preciso estatizar o sistema financeiro sem indenização, expropriar e colocar sob controle dos trabalhadores as empresas corruptas e as multinacionais.

Só conseguiremos isso com um governo socialista dos trabalhadores, que governe por conselhos populares. E esse governo, só conquistaremos com a nossa luta. Vamos unir os de baixo para derrubar os de cima!