Mais de 700 trabalhadores de 7 canteiros de obras atrasaram em duas horas a jornada de trabalho em Fortaleza. A mobilização ocorreu no Papicu, um dos bairros nobres da cidade, e fez parte da campanha salarial da construção civil e do dia nacional de mobilização. Como parte do ato, os trabalhadores realizaram uma passeata nas proximidades dos canteiros paralisados.

A manifestação foi organizada pelo sindicato dos trabalhadores da construção civil, filiado à Conlutas, e contou como o apoio do sindicato das trabalhadoras da confecção feminina, da oposição rodoviária, da oposição Sindiute e de militantes do PSTU.

Em nome da Conlutas falou Santana, diretora do sindicato da confecção feminina, que denunciou a atitude do presidente Lula de afirmar que os trabalhadores não devem reivindicar aumento salarial em tempo de crise.

Na próxima quarta, os trabalhadores realizarão mais um ato da campanha salarial, com uma passeata cortando as ruas da Aldeota, outro dos bairros nobres da cidade.

Ato unificado
À tarde, a Conlutas também participou de ato conjunto com as demais centrais sindicais e movimentos populares pelo centro da cidade. Uma passeata com cerca de 600 estudantes vindos de diversas escolas e universidades somou-se ao ato das centrais por volta das 15h.

A passeata da juventude foi organizada pelo Fórum em Defesa da Meia-Entrada, a Comissão Pró-Congresso Nacional dos Estudantes, MCP e Juventude do PSTU entre outras organizações. A caminhada deu o tom de força e vitalidade à manifestação nacional em Fortaleza.

O ato cortou as ruas do centro da cidade encerrando na Praça do Ferreira, onde as diversas centrais e entidades usaram a palavra para expressar a unidade na luta contra o desemprego. Pela Conlutas, falou Zé Batista, diretor do Sindicato da Construção Civil, que chamou as demais centrais a romperem com o governo Lula e somarem-se na luta pela estabilidade no emprego e pela reestatização da Embraer.

Atualizada em 31/3/2009, às 14h26