Agência Brasil

Todas essas iniciativas têm como objetivo dar a falsa impressão de que a reforma do governo é apoiada pelo movimento universitário. Mas, na verdade, a luta contra essa reforma não pára de crescer.

Os setores mais combativos do movimento, além de realizar encontros estaduais, estão promovendo um Plebiscito Nacional, entre os dias 10 e 10 de novembro, e irão fazer uma grande marcha a Brasília, no dia 25, quando as ruas da capital vão ser tomadas por estudantes e trabalhadores da cidade e do campo que lutam contra as reformas Universitária, Sindical e Trabalhista e a política econômica aplicada por Lula.

No movimento estudantil, a marcha está sendo organizada por diversos setores, como a Coordenação de Lutas dos Estudantes (Conlute), executivas de cursos, DCEs, centros acadêmicos. Além disso, também estão na organização entidades sindicais, como o Andes-SN e a Conlutas, além do movimento popular.

As caravanas já começam a ser preparadas nos estados: “Os professores serão atingidos tanto pela reforma Universitária, quanto pelas reformas Sindical e Trabalhista. Por isso, o Andes-SN além de impulsionar a Marcha, está orientando todas as associações docentes a ajudarem a garantir o transporte a Brasília”, afirma Antônio Bosi, diretor do sindicato.

As vacilações do P-SOL e da esquerda do PT

Apesar de ser unitária, a marcha refletirá diferentes posições políticas. As esquerdas do PT e da CUT evitam se chocar com o governo, com a CUT e com a UNE, e setores do P-SOL terminam por capitular a essa pressão. Fazem isso porque são contrários à ruptura com a Central governista. Também não querem construir uma alternativa de luta no movimento estudantil, acusando iniciativas como a Conlute de “divisionistas”.

O PSTU, por sua vez, participará da manifestação como oposição de esquerda ao governo, exigindo a rompimento dos acordos com o FMI e com as negociações da Alca, lutando contra as reformas neoliberais e defendendo a ruptura com a CUT para fortalecer a Conlutas.

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