`AtoMais de três mil pessoas se mobilizaram no sábado, dia 12 de abril, pela retirada imediata das tropas norte-americanas do território iraquiano.

A manifestação, que teve concentração no MASP, seguiu em passeata até a frente do consulado americano e terminou com um ato simbólico que tingiu de vermelho a fachada do prédio, em uma nítida demonstração do repúdio ao derramamento de sangue do povo iraquiano.

Após dias de bombardeio a guerra no Iraque termina com a prepotência do governo norte-americano, que saiu fortalecido militarmente agora já se prepara para atacar sua próxima vítima – a Síria.

Porém, ao mesmo tempo em que o império se impõe como a mais potente máquina de destruição em massa do globo, outros fatores também se acentuam. É o caso das grandes mobilizações e indignação de milhares em todo o mundo.

`fotoParece óbvio o interesse do império norte-americano de deter, manter e controlar toda a base de energia proveniente do petróleo, já que dele necessita para se manter. Assim, não há porque ter escrúpulos para seguir em frente com seus planos de domínio e garantir a superexploração do Oriente Médio.

Esse último ato como os anteriores, foi uma ação simultânea em diversos países, e que defendeu não só a retirada das tropas como também a autodeterminação do povo iraquiano para que o povo decida como será seu governo, e não por imposições americanas como têm ocorrido.

Para Dirceu Travesso, membro do Comitê Contra a Guerra e militante do PSTU, “A guerra desde o início teve um caráter de colonização do Iraque e não de ‘salvação’ do povo iraquiano como defendiam os Estados Unidos. Essa guerra é uma guerra contra a humanidade.” Ele também acredita que as mobilizações são extremamente importantes porque envolve todo o mundo e fortalece um elemento novo que põe em xeque o projeto de globalização que está por trás da guerra, como as determinações da Organização Mundial do Comércio, a implementação da ALCA, por exemplo, e vê uma evidente crise do projeto neoliberal e conseqüentemente da globalização em geral.

`fotoSegundo Dirceu, “Se o elemento da vitória militar fortalece as tropas fascistas, dominadoras, coloniais e imperialistas de Bush, por outro lado, como é extremamente escancarado, marca de forma profunda a consciência da humanidade, e a única forma de barrar ataques como este é a nossa unidade”.