Militantes do PSTU discutem tese para levar ao congressoO Congresso de Unificação, nos dias 5 e 6 de junho, debaterá temas fundamentais, como o programa e a concepção da nova organização. Os seminários realizados em 2009 conjuntamente pelas entidades que convocam o Congresso, apontaram de forma positiva para definir uma estratégia classista e socialista para a nova organização. Também apontaram por manter os princípios de total independência diante do Estado e dos governos burgueses e da autonomia frente aos partidos políticos.

Foram estes acordos políticos e programáticos que permitiram a convocação do Congresso de unificação. Mas ainda persistem diferenças muito importantes, que serão definidas pelo voto dos delegados do movimento sindical e popular, fortalecendo assim a democracia operária desde a fundação da nova organização.

O congresso definirá a polêmica sobre o caráter da nova organização. A posição amplamente majoritária na Conlutas é a defesa do caráter sindical e popular, com a participação dos movimentos de luta contra as opressões e do movimento estudantil, com poder de decisão. Contra isso, outros setores, como a Intersindical, defendem uma central com a participação essencialmente do movimento sindical, abrindo espaço no máximo ao movimento popular.

Será definida também como irá funcionar a nova organização e como será formada a sua direção. Nossa proposta é apresentar ao Congresso a experiência positiva que tem sido feita na Conlutas. Ou seja: um funcionamento baseado na democracia operária, onde quem faz parte dos fóruns são os representantes eleitos pelas entidades de base, e são nestes fóruns que as posições da Conlutas são decididas.

Vamos apresentar a proposta de manter a Coordenação Nacional de Entidades, com funcionamento de dois em dois meses, onde todas as entidades de base que constroem a nova organização participem diretamente, através de seus representantes eleitos, de todas as discussões e decisões.

Defendemos ainda a eleição de uma Secretaria Executiva Nacional, subordinada a Coordenação Nacional de entidades, com mandato revogável, que tenha a função de encaminhar suas decisões e estar a frente do dia a dia da nova organização.

Pré-tese: levar para a base as discussões políticas
A partir de 18 de fevereiro, logo após o carnaval, a militância do PSTU, com dirigentes, ativistas e outros agrupamentos políticos que constroem a Conlutas, estará discutindo com os ativistas e na base das categorias e movimentos suas propostas políticas e programáticas que serão apresentadas para os Congressos de unificação e da Conlutas, através de uma pré-tese.

Queremos que a nossa tese seja construída de forma coletiva, com todos estes ativistas que estão construindo a Conlutas e o Congresso de Unificação. Nossa proposta é discutir esta pré-tese em todas as entidades e movimentos dos quais participamos, incorporando novas propostas que surjam destas discussões, e definindo a assinatura de apoio a nossa tese na maioria destas organizações do movimento.

Estas discussões devem durar até o limite de 15 de março, quando vamos inscrever a nossa tese ao Congresso de unificação, e que servirá também para armar as discussões no Congresso da Conlutas. Após o fechamento da nossa tese, vamos publicá-la amplamente, para levar as nossas propostas para os congressos para a base das categorias e movimentos, especialmente na preparação das assembléias que elegem os delegados.
Post author
Publication Date