Neste sábado (25/10), 250 participantes do Acampamento Intercontinental da Juventude estiveram na oficina “Juventude e a luta antiglobalização: qual a estratégia?”.
Mais que um debate, a oficina tornou-se um espaço para que militantes do PSTU (Brasil), ISO (Estados Unidos), PRT-IR (Espanha), MST (Bolívia), MAS (Equador), MPS (Chile) e FPLP (Palestina) expusessem sua disposição para lutar contra o imperialismo e pela revolução socialista. Além deles, o candidato à Presidência do Paraguai, Tomás Sayas (PT) saudou os presentes no evento.

Os palestrantes analisaram que há uma nova situação na conjuntura mundial. Javier (PRT–IR) afirma que “Estamos vivendo uma ofensiva do imperialismo com a recolonização e ataques à classe trabalhadora. Mas também é verdade que estão sendo organizadas lutas em todo mundo: em Washington, 400 mil pessoas e em Florença um milhão de pessoas saíram em marcha contra a guerra [no Iraque]”. Tratam-se de movimentos motivados pela decadência da educação, pelo desemprego e baixos salários e criminalização dos movimentos sociais.

Segundo Hermano Melo (PSTU), no Brasil um marco na luta antiglobalização foi o plebiscito contra a ALCA ocorrido em 2002. Enquanto Orlando Sepulveda (ISO) aponta o movimento que a juventude realizou contra as empresas “maquiladoras”, instaladas no México, como um marco no início da recente onda de manifestações internacionalistas nos Estados Unidos.

Destacou-se ainda o papel primordial da juventude nos movimentos antiglobalização de todo o mundo. Hermano exemplifica isso dizendo que “Jovens de 15 a 18 anos, armados muitas vezes somente de pedras contra o poderoso exército israelense, são a vanguarda da intifada palestina”.

A conclusão das participantes, que justifica a necessidade de que as lutas antiglobalização adotem uma saída programática contra o capitalismo, pode ser resumida na frase de Javier (PRT-IR): “um novo capitalismo é impossível. Por isso, um mundo socialista é necessário”.