A partir das 17h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo, acontece o ato em solidariedade ao povo hondurenho e à sua resistência heróica. A manifestação é contra o golpe de Estado e está sendo convocada por diversas entidades e organizações dos movimentos sociais.

O PSTU participará do ato defendendo a intensificação da mobilização internacional contra o golpe. É preciso por para fora todos os golpistas e suas instituições, restituindo o presidente Manuel Zelaya, arbitrariamente expulso em junho passado.

Para o PSTU, as negociações que estão em pauta no momento não são a melhor saída para o povo hondurenho. Honduras necessita de uma assembleia constituinte para varrer as instituições golpistas, a oligarquia e a dependência do imperialismo.

Como disse Tomás Andino, da Frente Nacional contra o Golpe, “Os golpistas chamam o diálogo porque está acabando o tempo para as eleições. (…) A esquerda da Frente defende uma condução mais democrática para debater na base estes temas e aprofundar a mobilização e sua autodefesa”.

Abaixo, publicamos o manifesto de convocação para o ato, assinado pelas entidades organizadoras.

O golpe militar em Honduras tem que ser derrotado nas ruas de Honduras e de todo o mundo. Nos últimos dias, os golpistas não deixaram nenhuma dúvida aos trabalhadores e aos povos do mundo ao mostrar sua verdadeira face fascista: toque de recolher, estado de sitio, prisões, repressão brutal com centenas de feridos e assassinatos. As imagens de estádios sendo usados como prisões para as centenas de detenções realizadas de maneira arbitrária e violenta trazem na memória as imagens do golpe de Pinochet no Chile e as prisões e execuções no Estádio Nacional tão simbólicas das ditaduras de nosso continente.

Entretanto, as manifestações e a resistência do povo hondurenho para derrotar o golpe continuam heróicas e fortes. As organizações sindicais, populares e políticas brasileiras fazem um chamado a construirmos um amplo movimento de solidariedade ao povo de Honduras. Realizaremos todos nossos esforços de mobilização e apoio político e material para a luta organizada a partir da Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe de Honduras que luta por: fim da repressão e restabelecimento das liberdades democráticas, recondução do presidente eleito Manoel Zelaya ao governo, punição aos golpistas e convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte.

Repudiamos qualquer tentativa de acordo feito nos gabinetes que vise livrar os golpistas de qualquer punição e negar o direito ao povo hondurenho de decidir livremente sobre seu destino em uma Assembléia Nacional Constituinte. Nos colocamos na defesa da Embaixada do Brasil contra qualquer ataque ao presidente eleito Manoel Zelaya, aos ativistas e aos dirigentes que o acompanham bem como contra qualquer funcionário da embaixada.

Para isso estaremos organizando:

1. manifestação em São Paulo, no dia 2 de outubro, no vão do MASP, na Avenida.Paulista; concentração à partir das 17h

2. uma delegação unitária das organizações brasileiras para levar o nosso apoio e a nossa solidariedade, nos próximos dias, ao povo hondurenho;

3. uma campanha de arrecadação de recursos para o apoio à resistência organizada pela Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe de Estado.

ASSINAM: MST, Conlutas, CTB, CUT, Intersindical, MTST, ANEL, PCB, PSOL, PSTU, Consulta Popular, Assembleia Popular, Círculo Palmarino, Esquerda Marxista (Corrente do PT), CDR, PCR, Juventude Revolução e Movimento das Fábricas Ocupadas