Nesta quarta-feira, 5 de maio, Zé Maria se reúne com estudantes, professores e funcionários da USP, em São Paulo. O evento será no prédio de História e Geografia, na antiga biblioteca, ao lado do auditório do curso de História.

Zé Maria vai apresentar sua pré-candidatura e o projeto que defende, para os trabalhadores e para a juventude do país. A única saída de fato é a construção de uma outra sociedade, que seja socialista. Ele também vai debater o tema educação.

“As verbas destinadas à educação hoje são ridículas e muito aquém do que seria necessário, mas o governo prefere cortar da educação para dar aos banqueiros, como fez na crise, e para pagar a dívida externa”, diz.

A educação defendida pelo pré-candidato deve ser pública, estatal, de qualidade e a serviço dos trabalhadores.

VEJA ABAIXO OS PONTOS DO MANIFESTO PROGRAMÁTICO SOBRE EDUCAÇÃO

A juventude tem direito ao futuro
Cerca de 34 milhões de jovens brasileiros sofrem de forma ainda mais brutal as conseqüências de viver num país de poucos. Sem acesso à educação de qualidade, sem emprego e direito à cultura e ao lazer, os jovens são as maiores vítimas da violência nas periferias. Nestes locais, 46% dos jovens que morrem são assassinados.
Os jovens foram os primeiros a serem demitidos na crise e agora sustentam a aparente retomada econômica recebendo baixos salários, com contratos temporários e quase nenhum direito. Isso quando os patrões não dispensam após os três meses de experiência, para não assinar a carteira. O desemprego atinge números alarmantes entre os jovens.
Após oito anos de governo Lula, a juventude continua sem direito ao futuro. A universidade é um sonho distante. Projetos como Reuni, Prouni e o novo Enem sequer aumentaram significativamente o percentual dos jovens com acesso às universidades, que segue pequena, de 13,7%.
O Prouni é muito reivindicado pela maioria da população, mas poucos sabem que com o dinheiro da isenção que o governo deu às faculdades particulares seria possível criar milhões de vagas para estes e outros jovens nas universidades públicas.
Com o Reuni, o governo quer nos fazer escolher entre universidade elitista ou expansão precarizada. Essas não são as únicas alternativas. Um governo dos trabalhadores teria total condições de expandir as vagas e aumentar a qualidade da educação. Com o aumento das verbas e a estatização do ensino, milhões de jovens teriam a oportunidade de estudar com qualidade.

Educação pública, estatal e de qualidade
Os ataques à educação se ampliaram com a crise fiscal que teve origem nas transferências bilionárias de dinheiro público para as empresas privadas, com a crise econômica. Isso significa ataques aos trabalhadores da educação, com corte de direitos, mudanças para pior nos planos de carreira, congelamento salarial, aumento do ritmo de trabalho aumentando o numero de alunos por sala, introdução de critérios empresarias como a Avaliação de Desempenho para exigência de produtividade na educação, aumento do assédio moral, etc.
Defendemos uma educação pública, estatal e de qualidade. Para isso é necessário ampliar as verbas para a educação, investindo já 10% do PIB. Fernando Henrique terminou seu mandato investindo 4,8% do Orçamento em educação. Em oito anos, Lula aumentou essa porcentagem em apenas 0,3%.
Escola infantil pública, gratuita e em tempo integral. Fim das verbas públicas para as creches conveniadas
Autonomia pedagógica e gestão democrática da escola pública. Defesa da eleição de diretores de escola por professores, funcionários e comunidade escolar.
Não à municipalização do ensino.
Verbas públicas apenas para a escola pública.