Na capital cearense, a greve dos trabalhadores da construção civil chega a sua segunda semana enfrentando a intransigência dos patrões, os ataques da grande imprensa e a repressão da polícia. Longe de ser um fenômeno isolado, a mobilização dos operários cearenses se soma à onda de revoltas que se espalhou nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como no canteiro da hidrelétrica de Jirau, Rondônia.

É uma revolta contra as más condições de trabalho nos canteiros de obras, a superexploração dos operários e os baixíssimos salários do setor. Uma situação cuja responsabilidade recai sobre as empreiteiras, mas também sobre o governo, que coordena as obras no PAC e é diretamente responsável pela fiscalização insuficiente nos canteiros.

É por isso que, no próximo dia 27, quarta-feira, será realizado em Fortaleza um grande ato de apoio à greve dos trabalhadores da construção civil da região e em solidariedade aos operários do PAC. “Será um ato amplo e unitário, no qual estamos convidando os partidos de esquerda, sindicatos e centrais para participarem conosco”, afirma Atnágoras Lopes, dirigente nacional da CSP-Conlutas que acompanha a greve em Fortaleza e participa da comissão nacional convocada pelo governo para tratar das revoltas do PAC.

O ato começa às 10h na Praça Portugal, no bairro da Aldeota, local onde ocorrem as assembléias da categoria.