O neoliberalismo tem atacado todos os trabalhadores, fechando postos de serviços, flexibilizando direitos e reduzindo salários. Nos anos 90, isso se traduziu em desemprego, sub-emprego, precarização e ataque aos sindicatos. Hoje, o aprofundamento destas medidas ameaça retirar direitos como o 13º salário, as férias e a multa sobre o FGTS.

Todas estas medidas irão atingir ainda mais as mulheres, hoje à frente de muitas das famílias mais pobres do Brasil. É importante lembrar que há um ataque direto contra as trabalhadoras: a redução da licença-maternidade.

A implementação destas medidas vai dar continuidade aos tantos outros ataques promovidos por Lula e seus aliados, inclusive no movimento sindical, como a CUT. Em 2003, com a reforma da Previdência, o tempo para se aposentar das mulheres aumentou em sete anos e agora, a nova proposta é igualar a idade de aposentadoria entre homens e mulheres, desconsiderando a dupla jornada de trabalho.

A maioria do movimento sindical, ao aliar-se e submeter-se ao governo, abriu mão de lutar contra esta situação. Nos burocráticos congressos destas entidades, a luta dos setores mais oprimidos e explorados da classe – mulheres e negros – viram teses vazias entregues nas mãos de burocratas que nada tem a ver com nossa luta.

Foi também para combater esta situação que construímos a Conlutas e seu Grupo de Trabalho de Mulheres e GLBT. Queremos estender, para todos os sindicatos e entidades que compõem a nova entidade, a construção das secretarias e coletivos de Mulheres, que sirvam como instrumento para que, mulheres e homens, lutem, lado a lado, para construir uma nova sociedade, onde nosso trabalho possa ser vivo e criativo e não mais algo que nos oprime e degenera em função de uma minoria.

Post author Janaina Rodrigues, do GT de mulheres e GLBT da Conlutas
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