Quando fechávamos esta edição, foi noticiada a renúncia do candidato Menem à disputa das eleições. Pela lei eleitoral da Argentina, Kirchner deverá assumir a Presidência do país, sem realização de segundo turno.
A campanha de Kirchner, candidato apoiado pelo atual presidente Duhalde, foi feita com base em promessas de defender a “estabilidade” e combater a corrupção. Mas, como seu antecessor, vai continuar aplicando os “ajustes” ordenados pelo FMI e, para isso, terá de recorrer à repressão contra quem se atrever a defender seus direitos. Se ainda restam dúvidas sobre isso na Argentina, cabe lembrar que Kirchner já disse com toda clareza que seguirá com a mesma política do atual governo. Já se reuniu com o FMI, comprometendo-se a reduzir os gastos públicos e alcançar um superávit de 3% do orçamento para pagar a dívida externa, além de privatizar o Banco Nación (Banco Central) e o Banco Província e aumentar as tarifas. Ou seja, mais arrocho salarial e mais miséria.
Unidade para enfrentar Kirchner-Duhalde
É possível e necessário unir a esquerda, os piqueteiros e as organizações populares e de trabalhadores. Este é o melhor caminho para enfrentar o novo governo e apontar uma saída dos trabalhadores e do povo.
Post author Da redação
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