Vença quem vencer, trabalhadores devem continuar a lutarO resultado das eleições norte-americanas é absolutamente imprevisível, pela polarização existente e a pequena diferença entre os dois candidatos majoritários.

Bush e Kerry não possuem diferenças estratégicas. Mas uma derrota eleitoral de Bush seria vista pelas massas de todo o mundo, especialmente pelos ativistas que lutaram contra a guerra, como um derrota do imperialismo norte-americano.

Seria uma vitória distorcida das massas, que amplificariam suas pressões contra a ocupação iraquiana. Distorcida porque Kerry não tem uma posição contra a guerra. Kerry diz que irá convencer os aliados dos EUA a “colaborar na campanha iraquiana”, que Bush espantou com a doutrina de “guerra ao terror”. Ou seja, ao invés de desocupar o país, o aspirante democrata pensa em ampliar as nacionalidades das tropas ocupantes (com a ajuda do imperialismo europeu), mantendo o comando da ocupação, evidentemente, nas mãos dos EUA.

As fraudes de 2000 já estão se repetindo nestas eleições absolutamente indefinidas. É possível que e a Suprema Corte dos EUA venha a definir o resultado, como em 2000. Diante desse cenário, pode ser que o próximo presidente dos EUA assuma o cargo enfrentando uma crise de legitimidade num país dividido.

Mas uma coisa é certa: sejam democratas ou republicanos que estejam à frente do império no próximo período, os trabalhadores de todo o mundo deverão continuar sua luta para derrotar a contra-ofensiva recolonizadora do imperialismo.
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