Um grupo de artistas, ainda pequeno mas com vocação para crescer, acaba de lançar o CAS – Coletivo de Artistas Socialistas, para fazer discussões políticas e atividades artísticas.

A idéia surgiu da necessidade de reunir artistas que gostariam de ter uma atuação política na sociedade por intermédio de sua arte. Para isso, precisavam entender a realidade em que vivemos, o papel que a arte cumpre dentro dela, a situação precária a que estão submetidos os artistas e a necessidade premente de que os artistas também se engajem na luta pela transformação social.

O núcleo inicial do CAS está conformado sobretudo por artistas de teatro, mas ele quer agrupar artistas de todas as áreas, profissionais ou amadores. O que nos une é a defesa de toda liberdade em arte, mas uma liberdade que, se não significa atrelamento a uma ideologia política, só será possível se a arte não estiver atrelada ao grande capital, como está hoje.

Antes de alcançar essa meta, é preciso lutar. E nessa luta, a neutralidade da arte e do artista não significa liberdade. Pelo contrário, significa fazer o jogo do capital, dos que querem a manutenção do status quo. Por isso, foi lançado o CAS: para propor aos artistas um lado nessa luta: o lado da classe trabalhadora; o lado dos pobres, dos explorados, nos marginalizados, dos sem-terra, dos sem-emprego, dos sem-teto, dos sem-escola, dos sem-arte.

Neste momento exige-se da arte que não fique em cima do muro. Exige-se do artista um compromisso claro: ou a revolução socialista, ou a fome, a miséria e a destruição da arte.

O CAS se reúne às quartas-feiras, das 15 às 17h, na Sede Centro do PSTU de São Paulo (Rua Florêncio de Abreu, 248 – Metrô São Bento).