Em congresso histórico com mais de 1.800 estudantes, é aprovada a criação da ANEL, uma nova entidadeDe 11 a 14 de junho ocorreu na Escola de Educação Física e Dança da UFRJ o Congresso Nacional dos Estudantes. Convocado por dezenas de entidades do movimento estudantil brasileiro, entre elas os DCEs da USP, UFRJ e UFMG, o evento contou com a presença de 1.350 delegados, representando cerca de 135 mil estudantes, e mais de 450 participantes, entre credenciados e não credenciados. Estiveram no congresso estudantes de 20 estados, mais o Distrito Federal, totalizando mais de 1.800 pessoas no maior fórum do movimento estudantil já realizado por fora da UNE.

Foram quatro dias de intensos debates, resultados de uma ampla e democrática construção nas bases. Tudo isso culminou na criação de uma nova entidade nacional dos estudantes e na elaboração de um programa e um calendário de lutas em defesa da educação pública.

A construção do Congresso Nacional dos Estudantes
A história do evento começou a ser escrita ainda em 2004, quando se iniciou a luta contra a reforma universitária do governo Lula. Naquele momento, ficou claro para o movimento estudantil brasileiro que seria preciso se organizar por fora da UNE. A histórica entidade havia passado para o lado do governo e se tornado uma firme defensora do projeto neoliberal para a educação.

A partir da ocupação da reitoria da USP em 2007, o movimento estudantil começou a viver um novo momento marcado pelas ocupações de reitoria contra o Reuni e fortes mobilizações. Em 2008, como produto dessas mobilizações, foi realizado um Encontro Nacional dos Estudantes em Minas Gerais, que indicou às entidades de todo o Brasil a organização de um Congresso Nacional dos Estudantes.

O congresso foi construído nas lutas de norte a sul. Os lutadores que marcharam pelo Fora Yeda, que enfrentaram a polícia na USP pelas eleições diretas para reitor, que ocuparam reitorias e estiveram nos atos pelo passe-livre, se encontraram lá. O evento foi impulsionado por dezenas de reuniões e plenárias estaduais, além de cinco nacionais realizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Salvador e Belo Horizonte. Nessas plenárias foram definidos data, programação e regimento do congresso.

Em abril e maio ocorreram as eleições de delegados. Foram eleitos mais de 2.200 delegados, representando cerca de 220 mil estudantes. A eleição foi acompanhada da publicação das pré-teses ao congresso, contribuindo para o desenvolvimento do debate.
derrotas como vitórias. Cabe aos trabalhadores dos EUA retomar sua tradição de luta para ter de volta suas conquistas, se organizar nas fábricas e em comitês.

Post author Leandro soto, da Secretaria Nacional de Juventude do PSTU
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