Já começaram as assembléias em todos os sindicatos cutistas do país para eleição de delegados ao 8º Congresso Nacional da CUT, que se realizará em junho, na cidade de São Paulo

Tanto a situação internacional, cruzada pelo início da guerra imperialista com a invasão do Iraque, como a situação nacional, marcada pela crise e pelo aprofundamento da política econômica de FHC pelo governo Lula, fazem crescer a importância do 8º Concut.

O acordo com o FMI e a manutenção das negociações da Alca, a incorporação no governo Lula de figuras de proa do sistema financeiro e da burguesia, bem como a instalação de um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) sob controle dos capitalistas, implicam numa política que tentará impor duríssimos ataques aos trabalhadores e à soberania do país. Não é outro o significado da proposta de reforma da Previdência e o empenho do atual governo e do FMI em aprovar o Projeto de Lei n º 9, que abre caminho à privatização da Previdência pública. Ou ainda, a proposta de independência do Banco Central.

A CUT, nesse contexto, deveria assumir um papel de central independente do Estado, de defensora intransigente dos interesses da classe trabalhadora e conduzir uma luta, sem trégua, contra os planos do imperialismo e a exploração do capital. Precisaria se dispor a enfrentar a política econômica do governo Lula.
Este 8º Congresso estará diante de dois caminhos: o da independência diante do governo em defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora contra o capital e o imperialismo, ou o de transformar a CUT numa central governista, chapa branca, promotora do “pacto social” com os patrões.
Post author Américo Gomes,
de São Paulo
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