“Eu sou conlutas dá-lhe peão, eu não aceito demissão!” foi o tom da animada manifestação que os rodoviários, presentes na assembleia do último dia 18 fizeram para encerar as pretensões dos empresários em controlar a eleição para a nova gestão da direção do sindicato. A nova gestão ficará à frente da entidade de 2009 a 2012. Em cada votação e na contagem dos crachás de sócios, o que se ouvia dos trabalhadores era: “é mais uma peia nos empresários!”.

Para o motorista e vice-presidente do sindicato Carlos Cley, essa demonstração de respeito e credibilidade que os trabalhadores depositam na atual direção mostra o quanto será fundamental o vínculo de classe para o próximo combate: a eleição no dia 24 de abril. Ele concluiu: “nossos companheiros que estão demitidos, além daqueles que não se curvam diante da truculência e dos ataques dos patrões, serão a testemunha da vitória final contra a dupla jornada de dez horas diárias, da ausência do depósito do FGTS e INSS quando os trabalhadores são dispensados das empresas e quando tentam nos criminalizar e atingir-nos fisicamente; dedicamos essa vitória parcial ao companheiro Frota, que apesar do ataque criminoso a sua vida e de toda a sua família, luta ainda mais para não tombar diante da ganância da burguesia e dos empresários dessa capital!”

O próximo passo é confirmar a inscrição da chapa que, além de trazer os velhos combatentes da antiga gestão, apresenta uma nova geração de lutadores que estão envolvidos na construção do dia 30 de março, Dia Nacional de Luta. Na ocasião, os trabalhadores do país inteiro vão protestar contra o desemprego e exigir do governo Lula medidas concretas pela reestatização da Embraer, um patrimônio que foi doado aos capitalistas internacionais, bem como a imediata reintegração dos trabalhadores demitidos daquela empresa.

Os rodoviários também são parte do fortalecimento da Conlutas no Amapá. Esses novos companheiros dedicam parte de seu tempo para incorporar as lutas de vigilantes, trabalhadores da saúde e educação que estão entrando em campanha salarial.

Aproveitamos para fazer um chamado ao conjunto das organizações e aos trabalhadores em geral que nos ajudem financeiramente para cobrir os custos dos materiais da chapa. Afinal, nessa chapa, só aceitamos ajuda da classe trabalhadora.
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