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PSTU-BA

O PSTU apoia a greve das universidades estaduais e chama todas as entidades sindicais e movimentos sociais a cobrir de solidariedade os grevistas. A greve continua!

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), decidiu cortar o salário dos professores universitários em greve. A medida foi anunciada na última sexta-feira, 26. Docentes das quatros universidades estaduais – Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e Uesc (Universidade Estadual De Santa Cruz) – estão em greve desde o dia 4. Os professores não recebem reajuste salarial desde 2015.

Dentre as reivindicações da categoria estão: a destinação de no mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais; reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a recuperação salarial; e a reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela.

O governador do PT se nega a negociar com os professores em greve e argumenta que o Estado está no limite da capacidade financeira para remuneração de pessoal e não pode desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para os trabalhadores o petista alega não ter dinheiro, mas apenas em 2017 liberou R$ 2,89 bilhões para empresas em renúncia fiscal. Neste mesmo ano, Rui Costa investiu R$ 1,35 bilhões nas universidades estaduais, apontam os dados do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE).

A greve continua
A resposta dos professores foi continuar a greve e fortalecer o movimento. Seguirão paralisados até que o Rui Costa faça uma proposta que contemple as reivindicações da categoria.

A greve tem apoio de parte dos estudantes. Os discentes da Uneb em Salvador, Ipirá e Eunápolis estão em greve. Nos demais campi, os estudantes aprovaram estado de greve.

O PSTU apoia a greve dos professores e alunos das universidades estaduais e chama as entidades sindicais e movimentos sociais a cobrir de solidariedade os grevistas, e ajudar no fortalecimento da luta.

Também repudiamos o método autoritário do governo petista de não negociar com os grevistas e de cortar os salários, utilizando-se dos mesmos métodos e discursos dos governos da velha direita.

Aliás, Rui Costa aplica uma política econômica neoliberal com privatizações e ajuste fiscal aos moldes do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O governador da Bahia, no começo do ano, impôs uma reforma da Previdência estadual que aumentou a alíquota da contribuição previdenciária para servidores de 12% para 14%. Ele já disse ser a favor da reforma da Previdência de Bolsonaro com apenas algumas alterações e pediu para que os deputados federais baianos votem unidos.

Quanto ao Projeto Anticrime, apresentado pelo ministro da Justiça Sérgio Moro, Rui Costa afirmou em bom tom: “o pacote tem nosso apoio, nós vamos trabalhar pra sua aprovação”. Mas o que esperar de um governador que tem as mãos sujas de sangue da chacina do Cabula e que coordena uma das polícias mais violentas e genocidas do povo negro e pobre? “É como um artilheiro em frente ao gol”, foi o que disse Rui Costa sobre ação da PM com doze mortos no Cabula em 2015. Uma frase para nunca esquecer!

O PSTU não tem nenhuma dúvida: Rui Costa governa para os ricos e poderosos. Governa para os mesmos que a velha oligarquia carlista governava. Nenhuma confiança em seu governo! Os trabalhadores devem apontar, através das lutas e de forma independente, uma alternativa de poder organizada pelos de baixo, através dos conselhos populares.

– Todo apoio à greve dos professores e estudantes das universidades estaduais!

– Unificar as lutas para derrotar Rui Costa (PT) e seu projeto neoliberal de arrocho e ataques à classe trabalhadora!

– É preciso e necessário construir uma greve geral no Brasil para derrotar Bolsonaro e sua Reforma da Previdência! Todos ao ato do 1º de maio, às 14h, no Farol da Barra!