Mais uma vez a política externa do governo Lula, desta vez em aliança com o argentino Kirchner, cumpriu um papel de defesa da ordem. Os dois enviaram delegados à Bolívia na véspera da queda de Goni, para aconselhar Evo Morales, o MAS, o MIP, etc., a aceitarem a solução “constitucional”, ou seja, a posse de Meza e a manutenção dos compromissos assumidos por Losada de venda das riquezas de seu país (o que inclui os contratos que a PETROBRÁS tem com a venda de gás boliviano).
Não disseram uma palavra de condenação dos assassinatos perpetrados por Goni, mas saíram em defesa da “ordem constitucional”. Não é à toa que, em sua entrevista após fugir do país, Goni elogiou a participação dos governos brasileiro e argentino, apenas lamentando que seus emissários tenham chegado “atrasados”.

Post author José Weilmovick,
da revista Marxismo Vivo
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