Cerca de 150 pessoas participaram do encontro
Samuel Tosta / Conlutas-RJ

Aconteceu, no último dia 15 de novembro, no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o I Encontro Estadual de Mulheres da Conlutas. O evento reuniu 250 delegadas e observadores de várias regiões do estado.

O encontro contou com a presença de mulheres de vários setores em luta, como a Justiça estadual, servidores e alunos da Uerj, atualmente em greve, entidades estudantis, sindicatos, oposições e ocupações.

A mesa de abertura contou com saudações do DCE da UFRJ, o anfritrião, do PSOL, PSTU, os GTs Estaduais de Negros e Negras e LGBT da Conlutas RJ, a LIT e com uma saudação especial da companheira equatoriana Narcisa, empregada doméstica da TRAE (Associação de Trabalhadores Imigrantes) na Espanha.

A estudante Luiza Souza, do CA de Serviço Social da UFRJ, abriu as saudações. Ela destacou a importância de unir estudantes, movimentos populares e trabalhadoras de diversas categorias na luta contra a opressão e exploração capitalista. “O encontro só se realiza hoje na UFRJ porque os estudantes desta universidade vêm há alguns anos lutando contra os projetos neoliberais de Lula, como o ReUni, fazendo ocupações vitoriosas como a que conseguiu o bandejão ou que conquistou a pauta de reivindicações estudantil na Uerj”, ressaltou.

A mesa política sobre Conjuntura Nacional e Movimento de Mulheres uniu para o debate alguns setores da esquerda. Estavam compondo a mesa Janaína, pelo GT Nacional de Mulheres da Conlutas, Eliana, do Sindicato dos gráficos de MG, Nívia do MST e Marize, da Intersindical. Elas discutiram os efeitos da crise econômica mundial para as mulheres trabalhadoras e a necessidade de se construir um movimento feminista classista.

Janaína do GT Nacional fez um chamado especial para que a Intersindical venha compor o Movimento Mulheres em Luta. O Encontro aprovou o nome Mulheres em Luta para o Movimento de Mulheres da Conlutas, além de um calendário de lutas e uma campanha para que as mulheres trabalhadoras não paguem pela crise. As mulheres reivindicaram mais creches, licença-maternidade para todas as trabalhadoras, sem isenção fiscal e contra toda forma de violência à mulher. Este programa e a campanha devem ser difundidos na base de todas as categorias.

A plenária final não teve polêmicas e aprovou um manifesto que arma as mulheres trabalhadoras do estado para lutar contra os efeitos da crise, para construção de um movimento de mulheres classista com convite à Intersindical e que atue na base, lutando contra o machismo com um programa socialista.