A secretaria de Mulheres do PSTU de Belém do Pará, em conjunto com a direção do Partido, realizou uma semana repleta de atividades de formação para os setores mais oprimidos da luta de classes. Na semana anterior ao 8 de Março, a secretaria e os militantes do partido da Construção Civil fizeram uma rodada por várias obras, no horário do almoço, exibindo o curta “Acorda Raimundo!” e debatendo a situação da mulher no trabalho doméstico e sua dupla/tripla jornada, deixando o convite para o ato de 8 de março. No vídeo, o personagem Raimundo, interpretado pelo ator Paulo Betti, acorda um dia e percebe que os papéis dele e de sua esposa foram trocados. Daí para a frente, ele passa a cumprir as tarefas domésticas, cuidar das crianças e sentir na pele as conseqüências do machismo.

No dia 05, foi feito um curso para os militantes do partido da Construção Civil, pois as pressões do capitalismo devem ser combatidas, já que o machismo é seu principal instrumento para dividir a classe, seja na relação de opressão que o trabalhador tem com sua companheira em casa ou com sua colega de trabalho.

Às vésperas da marcha, foi a vez de nossos militantes do campo participarem do debate. No acampamento, trouxeram sua caravana inteira, cerca de 20 pessoas do município do Acará, para participa de uma conversa com a secretaria de Mulheres.

Quatro lavradouras estavam presentes e sentiram-se à vontade para expor suas vidas, divididas entre o trabalho em casa, na roça e os estudos. Para além dessa vida sofrida na juventude, as mulheres do campo quando pensam em se aposentar enfrentam todos os obstáculos possíveis, pois na maioria das vezes seu trabalho na lavoura é tido como ajuda ao trabalho do homem, e como domésticas não tem direito algum à aposentadoria.

Um outro curso para o campo foi marcado para abril, mas desta vez no Acará, quando haverá o contato com a Associação de Mulheres do assentamento Benedito Alves Bandeira (BAB).

Para fechar a semana, no dia 09, o PSTU recebeu em sua sede a vanguarda do Movimento Estudantil, ex-militantes e simpatizantes para o vídeo-debate Acorda Raimundo, com explanação da dirigente da Secretaria, Suzana Pacheco, sobre o histórico de opressão da mulher e a necessidade da Revolução para sua libertação.

A conclusão a que se chega após uma semana tão rica de discussões e lutas pode ser resumida pela frase da revolucionária Clara Zektin: “De mãos dadas com o homem de sua classe a mulher proletária luta contra a sociedade capitalista!”

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