Com mais de 200 pessoas, a oficina Mulher e Alca, promovida pela secretaria nacional de mulheres do PSTU, discutiu como ficará a situação do país e, principalmente, das mulheres caso seja implementada a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Participaram da mesa a dirigente da secretaria de mulheres do PSTU, Ana Rosa Minutti, representante da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Maria Coelho Gomes; representante da Juventude Católica, Maria Fernanda Marcelino; membro do PT do Paraguai Cinthia Fernandes e professora da Atilim Universidade Ankara, Fatma Ulku Selku.
Para Ana Rosa, a implantação da Alca é um ataque às mulheres e ao povo latino-americano. Está assumindo um novo governo no país. Agora é hora de Lula realizar um plebiscito oficial e decidir a serviço de quem está o seu governo, ressaltou, chamando a todos os participantes a participar da campanha por um plebiscito oficial.
Fernanda Marcelino também destacou que a situação da mulher vai se agravar. A Alca vai trazer mais desemprego e os serviços públicos serão privatizados. A mulher jovem, que já sofre para conseguir o primeiro emprego, terá ainda mais dificuldade para estudar, pois a educação será privatizada.
A necessidade da organização dos trabalhadores latino-americanos contra a Alca, foi destacada por Cinthia Fernandes, que acredita que o Mercosul também não é a saída para a crise econômica em que se encontra os países da América do Sul.
A Alca vai trazer mais fome e miséria, como ocorreu com o México com a implantação do Nafta, disse Sônia Gomes. Ela destacou também que é preciso discutir, profundamente, o turismo sexual e o tráfico de mulheres que ocorre no país.
Para Fatma Selku qualquer política neoliberal precisa ser combatida no mundo inteiro, pois não traz nenhum benefício ao trabalhador.
Além das conseqüências da Alca, a oficina discutiu também a necessidade de uma ampla campanha pela libertação de Abla Saadat, que estava a caminho do Brasil, para participar do III Fórum Social Mundial. Abla é esposa de Ahmad Saadat, secretário-geral da FPLP (Frente Popular para Libertação da Palestina.
