A próxima atividade será em São Paulo, nesta quarta-feiraMilitantes dos movimentos sindical, estudantil e popular se unem, nesta quarta-feira, 16, em São Paulo (SP), para protestar contra a criminalização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). No final de 2007, o Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul aprovou um relatório solicitando a dissolução do MST.

A intenção da Justiça e do governo gaúchos é promover uma ofensiva contra os sem-terra, proibindo as ações do movimento, como marchas e manifestações, e legalizando a repressão. No relatório, o MST é classificado como “crime organizado”, “Estado-paralelo com nítida inspiração leninista” e de caráter paramilitar. O MP gaúcho indica a “suspensão das marchas, colunas ou outros deslocamentos em massa de sem-terra” e a “investigação de integrantes do movimento e direção do MST”.

Em São Paulo, o protesto acontece às 19 horas no Teatro da Universidade Católica de São Paulo (Tuca), que fica na rua Monte Alegre, 1024, bairro de Perdizes. A atividade leva o nome de “Somos todos sem terra”. Em todo o país, protestos estão sendo marcados.

Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro (RJ), cerca de 200 militantes dos movimentos sociais se reuniram em frente ao Ministério Público do Estado para protestar contra a ação do MP gaúcho e prestar solidariedade ao MST. Uma comissão entrou na instituição e protocolou uma carta de repúdio ao Ministério Público gaúcho.

Em entrevista à Agência Petroleira Nacional, a integrante do MST-RJ, Mariana Duque, destacou que a ação do MP gaúcho “se colocou como o extremo da criminalização dos movimentos e materializou-se como uma política clara de Estado, mas isso já vem acontecendo há muito tempo com diversos movimentos”. Ela ressaltou que a solidariedade com o MST “mostra que a esquerda não está nada satisfeita com esse absurdo e exige uma resposta coletiva”.

Retomando a ditadura
O Ministério Público Federal denunciou oito lideranças do MST à Justiça Federal com base na Lei de Segurança Nacional (LSN). Essa lei foi promulgada durante a ditadura militar, em 1967. A LSN criminaliza condutas contrárias ao regime de exceção, ou seja, reprimia qualquer manifestação que reivindicasse o fim da ditadura e a redemocratização do país.

“Essa questão de retomar, através da Lei de Segurança Nacional, a ditadura, a repressão não pode ficar assim. Essa manifestação de hoje é uma resposta de conjunto contra todo o processo de criminalização dos movimentos sociais”, opinou Mariana.

SOLIDARIEDADE
Envie moções e mensagens de repúdio à criminalização do MST e de apoio aos sem-terra para:

Yeda Crusius
Governadora do Rio Grande do Sul
[email protected]

Dr. Mauro Renner
Procurador Geral da Justiça
[email protected]

Com cópias para:
Setor de Direitos Humanos do MST nacional
[email protected]

Setor de imprensa
[email protected]

*Com informações da Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)

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