Com a participação de mais de 500 militantes de diversas organizações, entre os dias 13 e 14 de março, a revista `Nova Partido em Debate` foi lançada em Belo Horizonte, São Paulo e no Rio de Janeiro. Nas plenárias, os discursos destacaram a defesa da unidade do movimento contrapondo-se aos companheiros da Esquerda Socialista Democrática, que insistem na política de veto ao PSTU e outras organizações. Nas três plenárias também foi colocada a necessidade de se construir um novo partido de ruptura com o capitalismo e de construção do socialismo. Abaixo, um relato de como foram as plenárias nessas três cidades.

  • Belo Horizonte

    Foi realizado no dia 13 de fevereiro o lançamento da revista na Sociedade Mineira de Engenheiros. Estiveram presentes militantes de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Itaúna, Viçosa, São João Del Rei, Lavras e Itajubá. O encontro também contou com a presença dos companheiros Zé Maria, presidente nacional do PSTU e Luis Carlos Manhães, da Coordenação do Movimento “Reage PT”.

    O encontro teve a presença do grupo VDR (Voz do Rap) formado por jovens do Aglomerado da Serra/Belo Horizonte, que fez uma apresentação de hip-hop.
    Foram tiradas as seguintes deliberações:

    1. Dar divulgação à “Carta Aberta” e coletar assinaturas rapidamente, para a publicação nacional que será editada. As assinaturas devem ser enviadas para o endereço [email protected] ou pela página do Movimento www.movimentonovopartido.org.br.

    2. Realizar atividades de lançamento e apresentação da Revista “Novo Partido – em debate” no interior do Estado, dando prosseguimento ao debate programático sobre o Novo Partido.

    3. Realização de uma festa, promovida pelo Movimento, no dia 11 de março, em Belo Horizonte.

    4. Aderir ao chamado do Encontro Nacional Sindical, em Brasília, organizando caravanas nos Sindicatos e oposições sindicais.

  • São Paulo

    Com a presença de cerca de 300 ativistas, o lançamento foi realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal. A mesa contou com a presença de Luis Carlos, do Reage PT do Rio de Janeiro, o diretor da executiva da CUT/SP e membro do PSTU, Dirceu Travesso, Antonio Andrade “Tato”, do ANDES, Silvio de Souza e Ezio Lima, membro da direção da APEOESP.

    O clima era de luta pela unidade no movimento pela construção de um novo partido, lamentando a divisão do movimento organizada por setores e agrupamentos ligados aos parlamentares “radicais” e intelectuais rompidos com o PT.

    Foi enfatizada a necessidade a necessidade de construir um novo partido que seja socialista, anti-imperialista e revolucionário.

  • Rio de Janeiro

    A plenária contou com a presença de representantes de 11 municípios, além da Capital: Niterói, São Gonçalo, Macaé, Rio das Ostras, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Volta Redonda, Itatiaia, Barra do Piraí e Barra Mansa. A atividade iniciou com a apresentação da Revista e com a montagem da mesa, que contou com representantes do Movimento Reage PT, do Coletivo Brasil Revolucionário – Bloco Socialista, de um companheiro do Movimento Negro Unificado e do companheiro Zé Maria, representando o PSTU.

    No plenário se destacaram representantes da juventude estudantil e vários dirigentes sindicais e ativistas do movimento dos servidores públicos estaduais, com representantes dos Hospitais Estaduais, trabalhadores da UERJ e profissionais de educação. Outro destaque foram representantes de Comitês de luta contra a Alca, como o do Méier e de Campo Grande.

    As intervenções, tanto da mesa como do plenário, foram marcadas pela necessidade de garantir um movimento unitário por um novo partido, com duras críticas as posturas das correntes que compuseram o bloco “Esquerda Socialista e Democrática“. A informação que este bloco confirmou o veto ao PSTU e a outras organizações revoltou todos os presentes.

    Mas para além da luta pela unidade, muitos falaram sobre a necessidade de politizar esta discussão e sair do falso debate que o centro da polêmica é o funcionamento do futuro partido.

    Antes de tudo está o debate de qual o caráter deve ter o novo partido, se será meramente mais um partido de oposição nos marcos da institucionalidade burguesa com seu centro de atividade nas disputas eleitorais, como defende claramente o intelectual Carlos Nelson Coutinho, ou se será um partido contra a ordem e o regime capitalista, com a clara estratégia da destruição do estado burguês e pela revolução socialista.

    Ao final foi definido que no mês de março serão realizadas várias atividades de lançamento da Revista por categorias, universidades e cidades do interior, e que o Movimento por um Novo Partido Socialista fará uma coluna no dia 8 de março.

    Colaboraram:
    Cacau (Belo Horizonte), Valério Paiva (São Paulo) e André Freire (Rio de Janeiro)