Trabalhadoras protocolaram na Assecre um pedido de reunião para discutir o assuntoUm grupo com cerca de 50 mulheres, que integram o Movimento “Mulheres em Luta”, da Conlutas, fizeram um ato ontem, dia 16, em frente à sede da Assecre (Associação dos Empresários das Chácaras Reunidas).

Com faixas e cartazes, a manifestação reivindicou creches para as trabalhadoras da zona sul, região que concentra centenas de empresas metalúrgicas e empregam muitas mulheres. O ato contou com metalúrgicas, aposentadas, trabalhadoras dos Correios e mulheres da ocupação Pinheirinho.

O ato terminou após as manifestantes protocolarem na Assecre um pedido de reunião com os empresários, para discutir uma pauta de reivindicações do movimento, que inclui a garantia de creches nos locais de trabalho; ampliação do pagamento do auxílio-creche de 18 meses para seis anos; estabilidade às trabalhadoras após a gravidez por dois anos e licença-maternidade de seis meses, rumo a um ano e obrigatória para todas as empresas sem necessidade de isenção fiscal.

“A concessão deste direito, apesar de ser uma da importante necessidade e ser previsto em lei, não é cumprida por grande parte da empresas. Ao contrário, muitas fábricas não cumprem sequer o pagamento do auxílio-creche, que ainda é mínimo”, disse a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região Rosângela Calzavara.

Claudio Capucho

“O ato foi vitorioso e um primeiro passo de uma ampla campanha por creches que vamos iniciar em toda a região”, afirmou.

Em janeiro, para conhecer melhor a realidade das trabalhadoras, o Movimento Mulheres em Luta iniciará um cadastro com todas as trabalhadoras da zona sul para levantar o número exato de mulheres que precisam de creche, além do número de vagas necessárias para atender à demanda.

O início da campanha foi uma decisão tomada por trabalhadoras de várias categorias do Vale do Paraíba, como metalúrgicas, de empresas do setor químico, de alimentação, entre outras, no 1º Encontro de Mulheres Trabalhadoras. Realizado no dia 28 de novembro, o encontro lançou o Movimento Mulheres em Luta, para encaminhar as mobilizações em defesa das trabalhadoras.