Os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) realizaram protestos contra as demissões no dia 30 de março. Desde as seis horas da manhã, lideranças sindicais e do movimento social fizeram mobilização em frente à principal entrada da empresa. Benjamin Steinbruch, presidente da empresa, foi duramente criticado.
Este parasita que abocanhou uma das maiores siderúrgicas estatais do mundo, num processo de privatização escandaloso, anunciou a demissão de 1.800 trabalhadores.

Desde novembro de 2008, a CSN vem promovendo demissões em massa na região Sul Fluminense. Foram mais de 1.300 do seu efetivo direto e mais de 2 mil trabalhadores das empreiteiras ligadas ao ramo da metalurgia e da construção civil que prestam serviço à companhia.

No entanto, o discurso do empresário, que defende a redução de direitos dos trabalhadores em razão da crise, veio por água abaixo. No último dia 30, a grande imprensa divulgou que a CSN obteve novamente um lucro recorde de R$ 6 bilhões, 35% acima do ano passado.

A oposição metalúrgica da Conlutas, presente no ato, exigiu que Lula promova não só a reestatização da CSN, mas de outras estatais como Embraer e Vale. Outra exigência é que o governo edite uma medida provisória que garanta a reintegração dos demitidos dessas ex-estatais e a estabilidade no emprego. A oposição também criticou a postura das centrais que defendem a redução de direitos e salários.
O protesto teve continuidade à tarde na praça Juarez Antunes. MST, Intersindical, CTB, CUT, Conlutas e várias outras entidades estavam no comando dessa importante mobilização no Sul Fluminense.
Post author Tarcisio Xavier e Isabel Fraga, de Volta Redonda (RJ)
Publication Date