Para todos que organizamos o plebiscito de 2002, mais do que nunca a saída é apostar todas as fichas na mobilização, exigindo Plebiscito Oficial já e ruptura das negociações.
Em 2002, apesar do boicote da maioria da direção do PT e da CUT, o plebiscito foi vitorioso e a campanha tomou igrejas, escolas, sindicatos, empresas e bairros.

Devemos jogar pesado na campanha pelo abaixo-assinado.

A maioria da coordenação da campanha considera que o governo está em disputa e a luta contra a Alca não é uma luta contra o governo. Nós, do PSTU, não achamos isso, pois quem está negociando a Alca é o governo.

Mas todos que somos por barrar a Alca e pela ruptura das negociações temos acordo que a via para derrotá-la é a da mobilização. Devemos então, unidos, arregaçar as mangas e retomar – com o abaixo-assinado – o nível de mobilização que tivemos em 2002.

Com certeza, com mobilização, podemos barrar a Alca. Consultas populares, mobilizações e contestações jurídicas crescem no Continente. Alianças estão sendo construídas em nível internacional, preparando protestos contra a Organização Mundial do Comércio.

A próxima Cúpula da OMC, em Cancún, no México, de 9 a 13 de setembro, será palco de grandes mobilizações unindo movimentos sociais das Américas, Europa e Ásia. Haverá também paralisações e protestos em todo o mundo nesta data.

Um grande mutirão de coleta de assinaturas pelo Plebiscito Oficial sobre a Alca acontecerá no Brasil, de 1º a 7 de setembro, na semana do Grito dos Excluídos, inaugurando essa jornada internacional.

Já, agora, na greve do funcionalismo contra a reforma neoliberal da Previdência, devemos coletar milhares de assinaturas e intensificar a campanha de esclarecimento junto ao povo.
Post author David Cavalcante, de Recife (PE)
e Mariúcha Fontana, da redação
Publication Date