As direções da Petrobras e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) já começaram a se articular para apresentar uma proposta rebaixada para a categoria. Inclusive, marcaram um encontro num luxuoso centro de formação de executivos, na zona nobre do Rio de Janeiro. Porém, os petroleiros, escaldados com as enrolações da FUP, começam a se mobilizar para pressionar ambas as partes.

Uma das reivindicações da categoria é por isonomia dos petroleiros antigos e novos. Os novos empregados também já estão mobilizados na base para garantir essa luta.

Neste sábado, dia 11 de setembro, o Base (Bloco de Alternativa Sindical de Esquerda), oposição à direção majoritária da FUP, vai realizar uma reunião nacional.

“Estendemos o convite aos grupos e ativistas da oposição petroleira” afirma William Corbo, do Base e dirigente da FUP, que ainda complementa “quem quiser entrar em contato, envie uma mensagem para: independenciaeluta@ yahoo.com.br”.

O ataque à isonomia, as subsidiárias e as terceirizações fazem parte de uma política de privatizações de FHC que o governo Lula continua aplicando. Os leilões das reservas petrolíferas atestam essa política de desmonte e desnacionalização do setor.

Além disso, no exterior, já existem organizações populares protestando contra a atuação da empresa.

“Não queremos que nossa Participação nos Lucros e Resultados seja engordada às custas da exploração de nossos irmãos bolivianos, chilenos, argentinos ou venezuelanos.

Exigimos uma Petrobras 100% estatal e nacional, a revogação das licitações, a adequação dos preços do gás de cozinha, da gasolina e do diesel em função da realidade brasileira e das necessidades do povo, não de acordo com as exigências dos acionistas internacionais.

Ainda exigimos recomposição salarial dos últimos anos. Estas bandeiras podem unificar a luta das estatais, bancários, metalúrgicos, correios e de outras empresas privatizadas; devemos apostar que os trabalhadores podem se unir e se mobilizar juntos para esta batalha, ainda que passando por cima das direções traidoras da CUT e da FUP”, afirma Corbo.
Post author Eduardo Henrique, do Rio de Janeiro (RJ)
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