Aconteceu neste domingo, dia 20, um ato em solidariedade ao bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, que realizou uma greve de fome no final do ano passado. A atividade foi na igreja de São Judas, em São Paulo (SP) e estiveram presentes diversas entidades dos movimentos sociais e pastorais da igreja.

A Missa dos Baianos celebrada por dom Cappio transformou-se num grande ato político contra a transposição das águas do rio São Francisco. A atividade “marca a necessidade de continuar a luta contra a transposição e a unidade de vários setores nessa batalha”, disse Dirceu Travesso, da Conlutas, entidade que esteve representada no ato e que faz parte do comitê paulista contra a transposição.

A mudança do curso do rio São Francisco está sendo executada pelo governo Lula a serviço do latifúndio e de grandes empresas. A transposição trará inúmeros e prejuízos para a população ribeirinha e terá um enorme do impacto ambiental.

Dom Cappio, em sua fala, disse que Lula “cospe no prato que comeu”. “Quando precisou dos movimentos sociais para se eleger, se elegeu. Uma vez lá, só governa o Brasil para as elites”, disse o bispo.

O próximo passo será uma reunião do comitê contra a transposição de São Paulo na próxima quarta-feira, 23, às 18h30. Na pauta, estará a organização de um encontro ainda em fevereiro na cidade de Sobradinho (BA).

A manifestação foi convocada pelo Fórum das Pastorais Sociais da Arquidiocese de São Paulo, o Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade), a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), a Intersindical, a Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária), diversos sindicatos, os deputados estadual Raul Marcelo e federal Ivan Valente, o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e o PCB (Partido Comunista Brasileiro).