No último domingo, 27 de junho, ocorreu a 3º Mini parada, organizada pelo grupo Desobedeça – direitos humanos e a Conlutas – Central Sindical e Popular, na redenção. Em mais um ano a prefeitura de Porto Alegre tenta calar e barrar este acontecimento. Uma manifestação que não é construída com o dinheiro dos governos e nem seus governantes. Financiada pelos sindicatos, trabalhadores e estudantes a Mini Parada Livre vem se consolidando como uma manifestação que marca a luta contra a homofobia e na defesa de direitos. Na Mini Parada Livre, quem manda não é quem governa e sim todos aqueles e aquelas que sentem na pele a opressão e repressão todos os dias devido a sua orientação sexual.

Assim como a parada de Porto alegre, a Mini parada ocorre no estacionamento do Parque da Redenção. Mas este ano a prefeitura resolveu que naquele local haveria um evento da empresa Paquetá, com o apoio da RBS no mesmo horário, com uma mega estrutura de som e palco, colocando o carro de som da mini parada no largo do estacionamento da UFRGS, que fica atrás do estacionamento da Redenção.

Quem vinha do arco em direção ao estacionamento não visualizava a concentração da mini parada antes da caminhada, mas mesmo assim, a Prefeitura não conseguiu barrar que cerca de 3 mil pessoas participassem , neste dia 27 de junho, um dia antes do dia do orgulho gay, dia em que ha protestos e reivindicações por direitos homossexuais e celebração por aqueles que lutaram ou foram assassinados por reivindicarem dignidade e visibilidade para toda a comunidade gay.

Por volta das 17h foi dado início a caminhada, saindo da Redenção e chegando até a rua Lima e Silva, em frente ao shopping Nova Olaria, onde foram feitas as últimas, mas não menos importantes, reivindicações. Principalmente contra o constante ataque dos baristas e da brigada militar que todos os domingos oprimem centenas de jovens, na sua maioria homossexuais oriundos da classe trabalhadora que se reúnem pacificamente no local. Logo após, todos os participantes foram convidados para confraternizarem nos bares na rua da República, bares que não reproduzem o preconceito.

O PSTU vem participando ativamente do fortalecimento da Mini Parada Livre em alternativa aos grandes shows, patrocinados pelos governos e empresas, que ocorrem oficialmente nas grandes capitais. O exemplo de Porto Alegre mostra que é possível construir um pólo alternativo contra a homofobia e em defesa dos direitos dos GLBTTs – Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transgêneros e Travestis.

Por fim, gostaríamos de parabenizar todos e todas que participaramm direta ou indiretamente da construção da mini parada, e todos e todas que participam e acreditam que só na luta conjunta é que poderemos alcançar nossos direitos e mudar a sociedade. Sempre lembrando que a base do capitalismo esta nas opressões e que só no socialismo poderemos acabar com todo o tipo de opressão e preconceito, e para combater a homofobia a nossa luta é todo dia.