Mobilização contra a EBSERH em junho
PSTU-PR

Neste momento, toda solidariedade a Nicolas Pacheco é importante; é necessário enviar mensagens de solidariedade nas redes sociais, exigindo que a presidente Dilma interfira para que o militante seja solto imediatamente

 
Esta quinta, 28, foi mais um dia de mobilizações contra a privatização do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Somente neste ano, o reitor desta instituição tentou, em duas oportunidades, aprovar essa política do governo federal no Conselho Universitário. Trabalhadores e estudantes impediram, através da mobilização, a realização do Conselho. Nas duas ocasiões, a privatização não pode ser aprovada.
 
Desta vez, o reitor mobilizou a Polícia Federal e a Polícia Militar para garantir a realização do Conselho Universitário. Elas atuaram com truculência e muita violência, utilizando spray de pimenta e bombas de efeito moral contra trabalhadores e estudantes, um verdadeiro absurdo. 
 
O militante do PSTU, Nicolas Pacheco, foi preso com truculência porque estava protestando contra a privatização do hospital. Ele ficou sequestrado dentro do prédio da reitoria das 9h às 14h. Depois, foi levado para o prédio da Polícia Federal, onde a mesma tentou enquadrá-lo em algum suposto crime, como depredação do patrimônio público, desrespeito à ordem e desacato. Se indiciado, o militante poderá ficar preso por até cinco anos.
 
Na verdade, o único dano causado ao patrimônio foi feito pela própria polícia quando quebrou os vidros atirando bombas. Houve diversas manifestações de apoio a Nicolas, pois todos viram a injustiça da polícia.
 
Os governos federal e estadual são responsáveis por autorizar a ação das polícias federal e militar. Ambos sabiam da situação e nada fizeram para impedir essa atitude irresponsável e truculenta. A presidente Dilma Rousseff e o reitor Zaki Akel também são responsáveis pela privatização do maior hospital público do estado, que só foi possível por meio de votação ilegítima realizada através dos celulares dos conselheiros que não estavam presentes na sala do Conselho. Foi um verdadeiro golpe contra a comunidade acadêmica que queria a realização de um plebiscito sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
 
O Brasil vive uma preocupante escalda da repressão e da criminalização dos movimentos sociais. Vários jovens que foram às ruas em junho do ano passado, durante a Copa e nas greves deste ano estão sendo criminalizados pelo Estado. Do ano passado para cá, leis foram criadas para instrumentalizar a repressão às lutas políticas e reivindicatórias. Isso foi visto no leilão do campo de Libra, na greve dos metroviários de São Paulo, na greve dos operários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), nas greves dos rodoviários, na luta dos estudantes e trabalhadores da USP, nas ocupações de terra etc.
 
É preciso unir os lutadores, os movimentos sociais e todas as organizações que representam os trabalhadores e a juventude para lutar contra a criminalização. Neste momento, toda solidariedade a Nicolas Pacheco é importante; é necessário enviar mensagens de solidariedade nas redes sociais, exigindo que a presidente Dilma interfira para que o militante seja solto imediatamente, uma vez que a prisão foi efetuada pela Polícia Federal.