Burocratas montam assembléia antidemocrática para aprovar contas. Seguranças contratados agridem militante do PSTUA assembléia de prestação de contas que aconteceu nesta terça, dia 28, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública de Guarulhos (STAP), foi marcada por uma prática espúria no movimento sindical. O grupo majoritário no sindicato, formado pelos diretores Élson, Calixto e Pinheiro, ligados ao mandato do vereador Edson Alberton, do grupo dissidentes do PT, contratou seguranças particulares para intimidar os trabalhadores. Isso nunca havia ocorrido antes na entidade.

O grupo ainda descumpriu uma resolução de assembléia do dia 19 de abril, na qual a categoria aprovou que todos os cargos de confiança não poderiam ser aceitos no quadro de sócios e com isso, estes trabalhadores não votariam nas assembléias. Isso foi aprovado para evitar as manobras do prefeito Elói Pietá, que costumava enviar seus assessores para as assembléias para votar contra as campanhas salariais. Utilizando a mesma prática, o grupo convocou todos os assessores do gabinete do vereador Albertão para aprovar a prestação de contas da entidade.

Diante disso, foram apresentadas três propostas pelos trabalhadores na assembléia: Que se retirassem os seguranças da assembléia, pois estavam intimidando os trabalhadores e que o sindicato não pagasse por este serviço; Que os comissionados não votassemr; Que fosse marcada outra assembléia, pois com os dados financeiros apresentados eram insuficientes. No entanto, o grupo que conduzia os trabalhos sequer submeteu às propostas a votação no plenário, adotando uma postura antidemocrática e ditatorial.

Foram levantados vários problemas com a prestação de contas, principalmente a questão de centralização e decisão dos gastos serem feitos unicamente pelo tesoureiro Gilberto Calixto, que sempre se recusou a participar das reuniões de diretoria. A diretoria plena da entidade não tinha nenhum controle das finanças. Dos três membros do conselho fiscal, dois afirmaram na plenária que recusariam as contas da entidade, pela falta de clareza dos números.

Por fim, no atropelo impuseram a votação de aprovação das contas, tornando claro a todos os presentes o acordo que foi feito entre o grupo dissidentes do PT, ligados ao mandato do vereador Albertão, e os militantes da Articulação, ligados ao prefeito Eloi Pietá.

Não bastassem as manobras, os seguranças e o grupo dissidente do PT ainda agrediram os trabalhadores que denunciavam a fraude, inclusive batendo na diretora da entidade Sandra Esteves, do PSTU.

A Conlutas – Guarulhos afirma que é preciso repudiar essas práticas no movimento sindical e ainda o grupo que preferiu abandonar a luta e fazer acordos com o prefeito Elói Pietá, traindo os trabalhadores.

Ao final, a pergunta que se faz é porque, em uma assembléia de prestação de contas, há necessidade de preparar todo este esquema de jagunços para aprovar as contas da entidade. Quem não deve não teme…