Nos dias 10 e 11 de novembro ocorreu a eleição da nova direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Estado do Rio de Janeiro, o Simerj. Nesta eleição concorreram duas chapas. Uma apoiada pelo governo, pelo PT e pela CUT, e outra de oposição que reuniu os lutadores da categoria, militantes independentes, da CTB e da Conlutas.

A atual direção estava presente nas duas chapas. A chapa 2, da minoria da direção, buscou na base o apoio dos trabalhadores, incorporando um amplo setor do melhor da vanguarda lutadora e permitindo uma renovação na direção da entidade. Por isso a chapa foi apoiada pela Conlutas.

A Chapa 1 contou com muito dinheiro vindo dos patrões e do governo. Remunerou dezenas de pessoas para fazer sua campanha. Ao contrário da Chapa 2, que só contou com os trabalhadores da base da categoria. A disputa foi acirrada e venceu a chapa da luta, da independência e autonomia sindical.

A Chapa 2 obteve 430 votos de um total de 796, ficando com 55,27% dos votos válidos. E a Chapa 1, com todo o seu aparato e financiamento, obteve 348 votos, ficando com 44,73% dos votos válidos.

O dia 12 de novembro de 2008, dia da apuração e proclamação deste resultado eleitoral, entra para a história dos metroviários do Rio de Janeiro. Este sindicato foi o primeiro sindicato operário a se filiar a CUT no Rio de Janeiro e que a maioria da direção, que foi derrotada nestas eleições, estava há décadas na diretoria. Esta vitória cria as condições para a construção de uma alternativa de direção de luta comprometida com os legítimos interesses dos trabalhadores.

Post author Gualberto Pitéu, do Rio de Janeiro (RJ)
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