O Metropass, um sistema de bilhetagem automática, irá privatizar toda a arrecadação e poderá demitir até 1.500 pessoasNos últimos anos, o metrô de São Paulo vem sofrendo com a política privatista do governo estadual do PSDB. Muitos foram demitidos nesse período, sendo 74 em janeiro deste ano.

Os novos contratados não têm os mesmos direitos salariais, trabalhistas e previdenciários. A jornada de trabalho aumentou de 36 horas para 40 horas semanais. Direitos adquiridos há anos, como o Adicional de Periculosidade Elétrica, Adicional de Hora Noturna e o de Risco de Vida estão sendo retirados.

Os trabalhadores do metrô estão mobilizados contra a retirada de direitos e a privatização, contra as demissões e em defesa de salários.

Privatização – Em 1999 o governo do PSDB implementou um Plano de Demissão Incentivada, através do qual 800 trabalhadores foram pro olho da rua. Ao mesmo tempo, a multinacional Alstom passou a participar da elaboração e execução de projetos nos metrôs. Desde então, muitas atividades de engenharia e manutenção passaram a ser terceirizadas.

Em 2004, com a construção da Linha 4, o projeto privatista de Alckmin dá um salto. A linha será feita com base no sistema BOT (Construção, Operação e Transferência – sigla em inglês), com a concessão de 30 anos. Mal foi aprovada a Lei de Parceria Público-Privada, Alckmin já irá utilizá-la nessa obra, para garantir à empresa a entrada de recursos, caso a rentabilidade mínima não seja atingida.

Para garantir o fluxo de capitais para as empresas concessionárias está sendo criado o Metropass, um sistema de bilhetagem automática que irá privatizar toda a arrecadação do Sistema Metropolitano de Transporte do Estado (Metrô, CPTM, EMTU e a futura linha 4). E como a privatização vem sempre acompanhada de demissão, só no Metrô o Metropass fechará cerca de 1.500 postos de trabalho.

Campanha – Além das mobilizações de metroviários, que devem culminar numa greve, os trabalhadores do metrô também estão fazendo um chamado a todo o movimento sindical para que divulgue nas categorias o desmonte que vem sendo feito no Metrô e as conseqüências nefastas do primeiro exemplo de Parceria Público-Privada de Lula.

As moções de repúdio ao processo de privatização do Metrô, às demissões e aos ataques aos direitos dos trabalhadores devem ser enviadas para os endereços abaixo, com cópia para: [email protected] e [email protected]

  • Governador Geraldo Alckmin
    Palácio dos Bandeirantes
    Av. Morumbi, 4500
    CEP 05650-905 – São Paulo
    Tel. (0xx11) 3745-3344 (PABX)

  • Jurandir F. Ribeiro Fernandes
    Secretaria dos Transportes Metropolitanos
    Rua Boa Vista, 175, 15º andar
    CEP 01014-001- São Paulo
    E-mail: [email protected]

  • Luiz Carlos F. David -Presidente
    Metrô de São Paulo
    Rua Boa Vista, 175
    CEP 01014-001 – São Paulo
    E-mail: [email protected]