Assembléia aprova greve por unanimidade
Emmanuel Oliveira

Diferente da assembléia anterior, que decidiu adiar a greve, dessa vez os metroviários aprovaram por unanimidade a paralisação; a diretoria do sindicato também defendeu parar e, por isso, não foi vaiada pela categoria como fora na terça-feiraOs trabalhadores metroviários de São Paulo, em assembléia, votaram paralisação por tempo indeterminado. A categoria recusou a proposta da direção do Metrô de R$ 800 de antecipação e manutenção do pagamento da PR (Participação nos Resultados) proporcional aos salários.

Estão parados todos os operadores e trabalhadores da manutenção. Nos demais setores, a adesão chega a 90%. Às 14h, haverá uma audiência entre empresa e metroviários no Tribunal Regional do Trabalho

Os trabalhadores aprovaram, também, uma carta endereçada à empresa para liberar as catracas para os trabalhadores. A proposta não foi aceita pelo Metrô.

Negociação já dura quatro meses
Os trabalhadores metroviários estão negociando com a direção do metrô a PR há mais de quatro meses sem que a empresa dê qualquer sinal para satisfazer as reivindicações dos trabalhadores. Eles exigem R$ 2.500 a titulo de antecipação e valor igual para todos.

A paralisação vai deixar sem transporte mais de três milhões de usuários na capital paulista.

Direção do metrô é irresponsável
A direção do metrô, irresponsavelmente, colocou em circulação parte das linhas 1 (azul) e 2 (verde). Essa atitude coloca os usuários em perigo, pois quem opera os trens neste momento são os chefes “fura-greve” que não são qualificados para isso.

As 16h desta quinta-feira, na sede do sindicato, no bairro Tatuapé, haverá uma assembléia que decidirá os rumos do movimento grevista.