O metroviário Altino fala aos demais trabalhadores
Alex Leme

Nesta segunda-feira, São Paulo teve o início do transporte de metrô e ônibus atrasado por 2 horas em protesto contra a Emenda 3 da Super-Receita e contra o ataque aos direito dos trabalhadores.

Às 5h da manhã, quando em dias normais as ruas já teriam os primeiros ônibus circulando e as portas do metrô abertas, não havia transporte na rua, num prenúncio da vitória do protesto. O Metrô tentou várias manobras para furar o movimento, inclusive colocando engenheiros e supervisores para tentar operar os trens. A unidade da maioria dos trabalhadores, porém, manteve o movimento até às 6h. Nesse sentido, os operadores de trens da Linha-1 Azul foram um exemplo de organização e disposição de luta.

Como disse o companheiro Altino operador da Linha-1, diretor do Sindicato dos Metroviários e membro do PSTU, “o nosso movimento foi um recado para os deputados, o governo e os empresários. Não vamos aceitar a retirada de direitos e se quiserem atacar direitos da CLT, da Previdência, ou qualquer outro que seja, iremos reagir e, se necessário, faremos uma greve geral no país”.

Como não conseguiu impedir a realização do movimento, o governo Serra estava ameaçando de demissão alguns diretores do sindicato. Até o momento, não temos confirmação de medidas nesse sentido.