Após mais de 57 dias da entrega da pauta de reivindicações dos trabalhadores e depois de mais de 10 reuniões de negociação entre o Comando Nacional de Negociação dos Trabalhadores e a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), a empresa apresentou no último dia 27 sua proposta.

A ECT oferece apenas 4,5% de reajuste, sobre os salários e os benefícios, que é tão somente a reposição da inflação. Assim, o ticket de R$ 20,00 passaria para R$ 20,90. O vale cesta passaria de R$ 110,00 para R$ 114,95. As demais cláusulas seriam reeditadas conforme o acordo coletivo atual. Com esta proposta de reajuste, o salário base que hoje é de R$ 648,93 passaria para R$ 678,13. Menos de R$ 30 de reajuste.

Os dirigentes dos Correios desconsideraram completamente as perdas salariais da categoria que é de 41%, a reivindicação de aumento real de R$300,00 linear para todos os trabalhadores.

Também não trataram das questões que visam combater a sobrecarga de trabalho nos setores, as metas, contratação de mais funcionários, assédio moral, e fim das terceirizações, entre tantas reivindicações que estão na pauta dos trabalhadores.

A proposta da ECT é uma provocação que os trabalhadores devem responder com mobilização. Por isso, é necessário que a direção majoritária da FENTECT (Federação Nacional dos Correios), em especial os dirigente ligados às centrais governistas CUT e CTB, rompam sua estreita colaboração com o governo Lula e a direção da ECT.
É preciso promover uma intensa agitação na base com vistas a preparar a greve da categoria que está indicada para iniciar logo depois da assembléia do dia 15 de setembro.

Post author Geraldo Rodrigues, de São Paulo (SP)
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