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Em assembléia, trabalhadores votaram a ocupação da fábricaTrabalhadores da LG Philips ocuparam, na manhã desta segunda-feira, a unidade da fábrica em São José dos Campos (SP). Neste momento, a produção encontra-se sob controle dos operários. Eles exigem o não-fechamento da fábrica e a manutenção dos postos de trabalho. Para isso, os metalúrgicos estão lutando e exigindo do governo Lula a nacionalização da empresa.
Além de deixar sem emprego milhares de trabalhadores, a direção da empresa propôs pagamento de apenas metade dos direitos aos trabalhadores que se encontram lesionados em decorrência do trabalho.
No início de junho, a LG Philips anunciou o fechamento da fábrica em São José dos Campos e das outras 3 unidades no Brasil – Santo André, Suzano e Recife – até agosto. O fechamento apenas de São José já acarreta cerca de 1.200 demissões. Em todas as unidades, o número de desempregados poderá chegar a 2.500.
“A empresa desfrutou de muitas isenções fiscais do Estado e agora quer colocar na rua pais e mães de família? Isso é intolerável”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Adilson dos Santos, o “Índio”.
O objetivo da indústria é manter somente a unidade de Manaus (AM) e transferir sua produção para a China, onde encontra mão-de-obra semi-escrava, e, de lá, exportar seus produtos para o Brasil. No último dia 21, uma caravana com cerca de 100 trabalhadores da LG Philips foi à Brasília exigir do governo Lula a nacionalização da empresa.
A LG Philips produz tubos de televisores. Em Santo André e Suzano (SP), a produção encontra-se parcialmente paralisada. Durante o ato de ocupação em São José, estiveram presentes representantes do Sindicato dos Vidreiros de Suzano e do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André.
Na próxima quinta-feira, 5 de julho, acontece um ato unificado no portão da fábrica de São José dos Campos, com a presença de todas as unidades, inclusive de uma delegação de Recife.