Já está nas ruas e nas fábricas a campanha salarial dos metalúrgicos. Em São Paulo, a pauta de reivindicações foi entregue à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no dia 15 de agosto. Cerca de 400 ativistas participaram do ato em frente à sede da Fiesp, na Avenida Paulista.

Os empresários já estão usando a mídia para vender a idéia de que com a recessão que vive o país será difícil conceder reajuste. Mas, nas assembléias nas fábricas, os trabalhadores demonstraram que estão dispostos a ir à luta para garantir seus direitos.

“O objetivo é ampliar a unidade com outras categorias que também estarão em luta neste período, como bancários, petroleiros, químicos e construção civil. Dessa forma teremos mais força para pressionar a patronal e o governo para garantirmos os direitos dos trabalhadores, que a cada mês sofrem com a queda da renda e ameaça constante do desemprego”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e um dos coordenadores da campanha nacional, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Os principais pontos da pauta são: redução da jornada para 36 horas sem redução de salário; aumento real de salário; reposição das perdas; ampliação de direitos; volta da aposentadoria especial; reforma agrária; contra a reforma da Previdência e a Alca.

Este ano, a campanha em São Paulo será unificada com todos os sindicatos metalúrgicos da CUT, mas os sindicatos de São José dos Campos, Campinas e Limeira, ligados à Fenam (Federação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), apresentaram pauta diferenciada. Desde 1997 esses sindicatos romperam com a CNM/CUT por não aceitarem banco de horas e redução de direitos.

Em unidade com os sem-terra, metalúrgicos de Minas Gerais realizaram grandes atos no lançamento da campanha salarial, dias 12 e 13 de agosto.

Post author Jocilene Chagas,
de São José dos Campos (SP)
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