A visita de Heloísa Helena (PSOL) a São Bernardo do Campo, no ABC paulista, seria uma caminhada, mas se transformou em passeata pela avenida Marechal Deodoro, no centro da cidade. O local foi tomado por militantes do PSTU, do PSOL e do PCB que portavam bandeiras e entoavam palavras da ordem.

A passeata saiu da praça Lauro Gomes e terminou em frente à histórica Igreja Matriz, símbolo da greve metalúrgica nos anos 70 e 80.

Nas escadarias da igreja, o representante do Comitê Sindical de Empresa, Rogério Romancini, e o membro da Comissão de Fábrica, Vagner, ambos da Volkswagen, leram um manifesto que entregaram à candidata.

O documento faz duras críticas à direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, por não lutar pela redução da jornada sem redução de salários e porque a direção não exigiu de Lula a nacionalização da Volks, caso a empresa mantenha as demissões. Rogério disse também que foi formado um comitê de apoio às candidaturas da Frente.
Em seguida, o candidato ao Senado Luiz Carlos Prates, o Mancha, falou da luta contra as demissões na Volks e na General Motors. “Lula não moveu até agora uma palha contra as demissões, é como se ele não tivesse nada a ver com elas”, disse.

Por fim, Heloísa Helena encerrou o ato comprometendo-se com as propostas do manifesto entregue pelos integrantes da oposição metalúrgica.

Post author Emannuel de Oliveira, de São Bernardo do Campo (SP)
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