Sindicato da Conlutas faz atividade na fábrica Delphi por melhores salários. Empresa quer dar apenas 1% de reajusteNo dia 9 de novembro, a Conlutas, através do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá e Paraisópolis e de várias organizações dos movimentos populares, fizeram uma manifestação e uma assembléia na fábrica Delphi de Paraisópolis (MG), como parte da campanha salarial dos metalúrgicos. A intenção era a de obrigar a fábrica a abrir novamente negociações com o sindicato, pois a DELPHI se recusa a negociar e tenta, através da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), empurrar uma proposta rebaixada de 1% de aumento real, sem abono e com banco de horas.

Com os motoristas orientados pela empresa a não abrirem as portas dos ônibus que traziam os trabalhadores e protegidos pela polícia, o Sindicato resolveu realizar uma assembléia no pátio da fábrica, dentro da empresa.

No pátio, os trabalhadores assistiram a um show de truculência da Polícia Militar que, com cassetetes, agrediu a direção do movimento e os metalúrgicos. Quando estes, já fora da fábrica, caminhavam em passeata, denunciando a política salarial da Delphi, a PM deu mais uma demonstração desastrada de “criminalização” dos movimentos sociais organizados, infiltrando um policial disfarçado na marcha, com o objetivo de fazer provocações pra sustentar mais uma truculência que viria a seguir, com agressões a mulheres, chutes e pontapés. Usando seus cassetetes, os policiais deixaram um diretor do sindicato desacordado, que foi levado ao hospital e permaneceu horas sob cuidados médicos.

Os trabalhadores seguem negando a proposta rebaixada da FIEMG, e votaram a disposição de continuar lutando por melhores salários.

CUT e Delphi tentam enganar os trabalhadores
A CUT tenta dividir os trabalhadores da região e montou um “sindicato” de gaveta com o apoio da empresa e do governo Lula, tentando ganhar os trabalhadores para um projeto de “conciliação” entre trabalhadores e patrões. Os governistas superpelegos ‘oferecem´ a garantia de emprego, em troca de baixos salários, superprodução e banco de horas. Isso sem falar que defendem a retirada de direitos com a reforma Sindical e Trabalhista.

Em Paraisópolis, este é o objetivo da CUT e da Delphi. Ou seja, enganar os trabalhadores e acabar com a resistência dos metalúrgicos da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) na luta por melhores salários e contra a retirada de direitos históricos. Mas os trabalhadores não são bobos e já entenderam a verdadeira razão destes governistas e dizem não à CUT e ao governo Lula.