Ato no Centro de Itajubá

Os trabalhadores da fábrica Imbel de Itajubá decidiram em assembléia entrar em greve até que a empresa restabeleça o convênio médico e pague os salários que estão atrasados. Eles também exigem a imediata abertura das negociações por melhores salários.

A greve teve início em junho, com passeatas pela cidade, com faixas e bandeiras denunciando o descaso do governo Lula com os trabalhadores da IMBEL. Os metalúrgicos também fizeram uma grande passeata em Belo Horizonte contra as reformas Sindical e Trabalhista e estão exigindo a prisão dos corruptos e corruptores do Congresso e do governo, pois com esta situação de corrupção no país quem paga são os trabalhadores.

A IMBEL é uma empresa ligada ao Governo Federal e ao Ministério da Defesa e tem cinco unidades, Piquete (SP), Magé (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Juiz de Fora (MG) e Itajubá (MG), somando um total de 1.940 trabalhadores, sendo que o fabrica de Itajubá emprega 860 trabalhadores diretos. Os trabalhadores fabricam armas de pequeno e grande porte (fuzis e pistolas).

Além de receberem um salário muito baixo, em média R$ 326, os trabalhadores são obrigados a conviver com atrasos de salários e cestas básicas, pois, apesar da produção estar em alta, a empresa insiste em dar calote e não explica onde vai parar o dinheiro que é de direito dos metalúrgicos. A Imbel e o governo Lula jogam os trabalhadores e suas famílias na miséria, que sem salários, foram obrigados a percorrer as ruas da cidade, pedindo alimentos e cestas básicas e alimentar suas famílias. Como se não bastasse, a empresa ainda suspendeu o convênio médico que mantinha para os trabalhadores.

Enquanto o governo acena com um aumento para os militares, os trabalhadores já acumulam 10 anos de perdas salariais, com salários totalmente defasados. A realidade dos trabalhadores da Imbel está muito abaixo do quadro de arrocho salarial e miséria que vive os trabalhadores de outras categorias no governo Lula. “O objetivo é unificar as lutas, por salários e melhores condições de vida, e independentemente da categoria é necessário lutar contra os ataques dos patrões e do governo” disse Paulo Gabriel, coordenador da Conlutas regional e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá e Paraisópolis.

Esta situação de desespero dos trabalhadores é resultado da política do governo, pois Lula mantém um superávit primário às custas dos trabalhadores, e o dinheiro que deveria ser para o pagamento de salários para os metalúrgicos, é enviado por governo e empresas mandam direto para o superávit, para pagar banqueiros internacionais e o FMI. Enquanto os trabalhadores vivem na miséria, o governo do PT faz farra com o mensalão e governa para os ricos.

Por isso, é preciso ir às ruas contra a corrupção e construir uma verdadeira alternativa dos trabalhadores. Um movimento classista que exija a prisão e confisco dos bens dos corruptos e corruptores, além do não pagamento da dívida externa e uma auditoria pública na Imbel.