Metalúrgicos aprovam paralisação na GM

Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos entraram em greve por 24 horas, nesta terça-feira, dia 1, contra a proposta apresentada pela montadora na reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos, ocorrida ontem, em Guarulhos. Os metalúrgicos estão em Campanha Salarial e têm data-base em setembro.

A GM propôs 7,5% de reajuste salarial a partir de novembro até um teto de R$ 7.300. Acima disso seria pago um fixo de R$ 547,50. A empresa também quer assinar um acordo até 2015, mantendo um reajuste apenas pela inflação nesse período, além de congelar a tabela salarial por 12 meses e excluir todos os mensalistas (supervisores e administrativo) do reajuste. Para eles, seria criada uma “política salarial própria da empresa”.

Os trabalhadores reivindicam 13,5% de reajuste salarial. A greve iniciada hoje atinge 100% da produção do primeiro e terceiro turno da unidade, num total de aproximadamente 3.500 funcionários.  Uma nova assembleia vai acontecer à tarde com o pessoal do segundo turno. Com a greve, deixarão de ser produzidos 300 carros S10, 2.400 motores e 2.800 transmissões.

“A proposta apresentada pela GM chega a ser uma provocação aos metalúrgicos. A greve de hoje deixa um recado para a montadora, de que não vamos aceitar esse absurdo. As greves nas outras fábricas têm mostrado que é possível arrancar reajustes maiores”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.

Nesta Campanha Salarial, os metalúrgicos têm realizado paralisações em diversas fábricas. Na MWL, em Caçapava, a greve já dura 12 dias.

Rejeição ao leilão do pré-sal
Na assembleia de hoje, o Sindicato também convocou os trabalhadores para a campanha contra o leilão do petróleo do Campo de Libra.

“Não vamos permitir que o governo Dilma entregue nossa riqueza nacional para o capital estrangeiro. Os trabalhadores irão se mobilizar para exigir o cancelamento definitivo do leilão de Libra. A exploração do petróleo tem de ficar nas mãos do estado brasileiro, com investimentos em benefício da população”, disse o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.