Os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), decidiram em assembléia, na quinta-feira passada, deflagrar greve a partir das 20h do dia 27 de maio, domingo, caso a empresa não fizesse uma proposta de reajuste salarial melhor que a atual. A companhia oferece, hoje, a reposição da inflação mais 2% e não acenou, até o momento, com nenhuma melhoria.

Os metalúrgicos reivindicam reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, hoje em 3,44%, mais 6% de aumento real e 33% de reposição de perdas salariais, acumuladas desde 1995. a proposta da empresa, portanto, está muito aquém do esperado pelos trabalhadores da CSN.

No domingo mesmo, houve um atraso coletivo de meia hora em todas as entradas da empresa. A total adesão à paralisação demonstra que a categoria não está para brincadeira. O estado de greve atinge os 8 mil metalúrgicos de Volta Redonda e, também, os cerca de 500 trabalhadores da mina Casa de Pedra, em Minas Gerais, pertencente à CSN.

Zé Maria de Almeida, da Direção Nacional do PSTU e da Coordenação Nacional da Conlutas, esteve na assembléia na semana passada. Ele destacou que a luta dos metalúrgicos da CSN faz parte das lutas do conjunto da classe trabalhadora. Ressaltou, ainda, a importância de unificação de todas as lutas que estão ocorrendo e da incorporação da luta contra as reformas, que retirarão direitos e promoverão arrochos salariais cada vez maiores.

O PSTU apóia os metalúrgicos da CSN e estará junto com eles caso decidam ir à greve, não somente em palavras, mas com esforço de seus militantes da categoria enquanto durar a paralisação e na continuação dessa luta.